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Segmento metalmecânico gaúcho tem forte queda no primeiro semestre
Metalurgia e produtos de metal tiveram recuos até junho de 16,2% e 8%, respectivamente
A pesquisa de junho dos Indicadores Industriais do RS, divulgada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) neste mês, mostra que a atividade do setor gaúcho na Indústria gaúcha vê com preocupação as relações comerciais com a Argentina
Indicadores do setor no cenário nacional apresentam baixa
No Brasil, a produção industrial fechou o primeiro semestre com uma queda de 0,3%, conforme dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada pelo IBGE. A nível nacional, os setores ligados à atividade metalmecânica também recuaram na primeira metade do ano, puxados pelas máquinas e equipamentos (-5,8), metalurgia (-3,0), veículos automotores, reboques e carrocerias (-2,3%) e produtos de metal (-3,5).
No segmento de produtos de metal, aliás, a fabricação de equipamento bélico pesado, armas de fogo e munições apresentou uma forte queda de janeiro a junho (-6%). Entre os possíveis motivos que podem explicar a desaceleração na produção desses produtos estão os decretos publicados pelo governo federal (Decreto Nº 11.366, de 1º janeiro de 2023 e Decreto Nº 11.615, de 21 de julho de 2023), com uma série de medidas que visam reduzir o acesso às armas e munições aos brasileiros.
No segmento de produtos de metal, aliás, a fabricação de equipamento bélico pesado, armas de fogo e munições apresentou uma forte queda de janeiro a junho (-6%). Entre os possíveis motivos que podem explicar a desaceleração na produção desses produtos estão os decretos publicados pelo governo federal (Decreto Nº 11.366, de 1º janeiro de 2023 e Decreto Nº 11.615, de 21 de julho de 2023), com uma série de medidas que visam reduzir o acesso às armas e munições aos brasileiros.
A fabricantes de armas Taurus, com sede em São Leopoldo (RS), culpa essas duas iniciativas do governo federal pela demissão de mais de 300 funcionários da empresa desde o início de 2023. “Desde o início do ano a Taurus tem aguardado uma definição com relação as novas políticas governamentais de controle de armas no País e vem buscando ao longo deste período manter, de todas as formas, os empregos dos seus profissionais. O assunto foi durante meses tratado com as autoridades do município, do Estado e do governo federal, sem êxito”, afirmou em nota à reportagem.
Ainda de acordo com a empresa, “o novo Decreto afeta não apenas a indústria, mas o Brasil e todo o setor no País, que tem uma mão de obra extremamente qualificada e emprega mais de 70 mil pessoas, registra anualmente faturamento de cerca de R$ 13 bilhões e recolhe aproximadamente R$ 2,8 bilhões em impostos por ano”.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico da região (STIMMMESL), Valmir Lodi, afirma não acreditar que as demissões estejam relacionadas aos decretos do governo, mas sim, segundo ele, a um volume grande de mão de obra contrato pela companhia durante a pandemia. “Estão usando os decretos como desculpa para cortar os trabalhadores”, diz. Ele também reclamou da falta de transparência nos números da empresa e do restrito diálogo da companhia junto ao sindicato e entes públicos.
Ainda de acordo com a empresa, “o novo Decreto afeta não apenas a indústria, mas o Brasil e todo o setor no País, que tem uma mão de obra extremamente qualificada e emprega mais de 70 mil pessoas, registra anualmente faturamento de cerca de R$ 13 bilhões e recolhe aproximadamente R$ 2,8 bilhões em impostos por ano”.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico da região (STIMMMESL), Valmir Lodi, afirma não acreditar que as demissões estejam relacionadas aos decretos do governo, mas sim, segundo ele, a um volume grande de mão de obra contrato pela companhia durante a pandemia. “Estão usando os decretos como desculpa para cortar os trabalhadores”, diz. Ele também reclamou da falta de transparência nos números da empresa e do restrito diálogo da companhia junto ao sindicato e entes públicos.