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Sistema 'free flow' de cobrança começa a operar em dezembro nas rodovias estaduais
Flores da Cunha, na Serra Gaúcha, será a primeira cidade a iniciar as operações do novo sistema
As rodovias estaduais da Serra gaúcha e do Vale do Caí devem começar a operar o sistema 'free flow' de cobrança de pedágio a partir de dezembro, sendo Flores da Cunha a primeira cidade a adotar o modelo, que começa a ser instalado já em setembro. Os demais pontos de cobrança irão instalar e operar a tecnologia até janeiro de 2024.
Os denominados 'pórticos' irão substituir as tradicionais praças físicas de pedágio do bloco 3, sob administração do consórcio Caminhos da Serra Gaúcha (CSG), e serão instalados onde, atualmente, já estão previstas as seis praças nos trechos da ERS 122, 446 e 240. O bloco também é composto pelas RSC 453, 287 e pela BR-470.
Com o novo modelo, os motoristas não precisarão parar nem reduzir a velocidade, pois a cobrança será feita através da identificação dos veículos por meio das placas e eixos dos veículos e enviada diretamente para os condutores, que poderão pagar por app, site, tag (que oferece 5% de desconto nas tarifas e já é utilizada por metade dos usuários nas praças) ou em pontos físicos pré-estabelecidos em até 15 dias após a passagem. Será possível pagar com cartão de crédito, débito e Pix.
A implementação do modelo será estudada durante dois anos. Após este período de teste, a ideia do governo e da concessionária é que o Estado tenha cobrança proporcional ao trecho percorrido pelo motorista a partir da segmentação dos pórticos. Dessa maneira, o valor pago será fracionado ao longo da rodovia. Neste primeiro momento, no entanto, o valor das tarifas continuará o mesmo das praças físicas para todos usuários.
Segundo o governador Eduardo Leite (PSDB), a nova tecnologia irá trazer benefícios aos motoristas. "Haverá economia de tempo, com eliminação de barreiras físicas, é uma rodovia mais inteligente, que traz conforto e comodidade para os usuários e menor impacto ambiental, porque não terá necessidade de intervenções", afirmou em coletiva de imprensa, no Palácio Piratini, nesta quinta-feira (17).
Conforme o secretário estadual de Parcerias e Concessões, Pedro Capeluppi, o sistema é seguro para identificar placas clonadas e também para evitar inadimplência. "Facilita a identificação de placas clonadas pelos pórticos, mas será feita uma análise para evitar que uma pessoa que não passou ali receba cobrança, isso está sendo considerado. Sobre a inadimplência, a facilitação de pagamento evita esse problema", considerou. A CSG afirmou que, em caso de queda de luz ou problema no sistema, há gerador e as informações ficam armazenadas por 30 dias. De acordo com a concessionária, os trabalhadores das praças físicas serão realocados ou receberão compensação financeira em caso de demissão.