Migração para o mercado livre de energia deve se tornar mais diversificada

Rio Grande do Sul vem sendo um dos estados que mais tem adotado a solução neste ano

Por Jefferson Klein

Economia na conta de luz é um dos atrativos da opção
Com aberta para todos os consumidores da alta tensão (empresas que têm transformadores próprios) a partir de janeiro de 2024. Milano cita que essa situação permitirá que clientes como casas de espetáculo, oficinas, colégios, entre outros, possam optar por essa solução. Até junho, aponta a CCEE, o mercado livre no Rio Grande do Sul abrangeu um total de 3.197 companhias.
Milano enfatiza que um dos principais fatores que leva as empresas a migrarem para o mercado livre é a questão de custos. Tarifas mais elevadas das concessionárias no Rio Grande do Sul, como a RGE e CEEE Grupo Equatorial Energia, tendem a influenciar essa movimentação no Estado. Cada caso tem uma condição de preço, entretanto o diretor da Siclo calcula hoje, em média, uma economia entre 20% e 35% na conta de luz para quem adotar a migração.
Conforme o analista, o custo da energia, no ambiente livre, encontra-se atualmente muito baixo, já que os reservatórios das hidrelétricas estão cheios, proporcionando um valor competitivo para essa geração. Além disso, ele lembra que a demanda elétrica não está tão elevada, com o setor industrial sem registrar uma grande atividade. “É a lei da oferta e da procura, com o preço da energia ficando muito atrativo”, frisa. Milano acrescenta que essa redução dos valores da geração é percebida mais rapidamente no mercado livre, do que no cativo atendido pelas distribuidoras.