Alíquota única do ICMS sobre a gasolina começa a valer nesta quinta-feira em todos os estados

Novo sistema de tributação eleva em R$ 0,29 a arrecadação do Rio Grande do Sul sobre o litro do combustível

Por JC

Preço médio do combustível pode sofrer elevação já a partir desta quinta-feira em alguns postos
Pedro Carrizo, com agências
Passa a valer a partir desta quinta-feira (1º), a alíquota única do ICMS sobre a gasolina, de R$ 1,22 por litro, para todos os estados brasileiros. A medida eleva em R$ 0,29 o tributo recolhido no Rio Grande do Sul sobre o litro do combustível, que até então era de R$ 0,93. Com isso, o preço médio da gasolina no Estado deve aumentar a partir desta quinta em alguns postos de combustíveis, mas ainda é difícil precisar qual será o novo preço médio da gasolina no Estado, pois há mais variantes que podem aumentar ou reduzir esse valor, fora a alíquota do ICMS, diz o presidente do Sulpetro-RS, João Carlos Dal’Aqua, que representa os postos de combustíveis.

De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), entre 21 e 27 de maio, o valor médio da gasolina no Estado era de R$ 5,08, uma baixa de 3% em relação à semana anterior ao período analisado. Somado à nova alíquota do ICMS, a média passaria a ser R$ 5,37. “Esse é um cálculo seco, pois a distribuidora pode repassar outros reajustes fora o ICMS, como uma alta no preço do anidro e outros movimentos do mercado, que são repassados diretamente para o setor. Por outro lado, pode ser menor o aumento, caso a Petrobras anuncie alguma redução. Ou seja, são muitas variáveis que dificultam cravar qual será o novo preço da gasolina”, diz Dal’Aqua.

Além disso, deverá haver uma nova alta de preços a partir de julho, de R$ 0,23 no litro (estimativa do Sulpetro-RS), quando voltam a ser cobrados os impostos federais, PIS/Cofins e Cide, sobre os combustíveis, que haviam sido foram zerados na metade do ano passado, pela mesma lei que reduziu o ICMS.

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Nos casos de diesel e gás de cozinha, a alíquota única já foi implementada em maio. O preço do botijão também foi pressionado pelo novo ICMS, cuja alíquota média, neste caso, é R$ 7,50 superior à cobrada anteriormente.

A mudança do ICMS deve interromper o recente ciclo de baixa no preço da gasolina, reflexo do corte promovido pela Petrobras em suas refinarias, e comemorado pelo governo como um fator adicional de pressão pela redução nas taxas de juros.

Desde o corte nas refinarias, anunciado no dia 16 de maio, o preço médio do combustível caiu 4,2%, ou R$ 0,23 por litro, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). A queda acumulada é um pouco menor do que a prevista pela Petrobras, de R$ 0,26 por litro.