Fazenda eleva previsão para alta do PIB de 2023 de 1,6% para 1,9%

Por Agência Estado

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O Ministério da Fazenda aumentou o otimismo para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, como já havia sido antecipado pelo ministro Fernando Haddad, na semana passada. Apesar do avanço nas projeções de instituições financeiras recentemente, o cenário do governo ainda aponta para um desempenho da atividade neste ano em um patamar bem superior ao do mercado.

De acordo com a grade de parâmetros divulgada nesta terça-feira, 23, pela Secretaria de Política Econômica (SPE), a estimativa para a expansão da atividade em 2023 passou de 1,6% para 1,9%. A projeção anterior havia sido feita em março.

As estimativas foram utilizadas na confecção do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, divulgado na segunda-feira, 22.

De acordo com o Boletim Macrofiscal, o aumento reflete a divulgação de indicadores econômicos com resultados melhores do que os projetados para o primeiro trimestre e para o início do segundo trimestre.

A SPE também revisou a projeção de crescimento para o PIB do 1º trimestre de 2023, 0,8% para 1,2%. Segundo a secretaria, isso ocorreu porque indicadores antecedentes para Agropecuária e Serviços sinalizam que a atividade expandiu acima do inicialmente projetado para o trimestre, se recuperando da retração observada no último trimestre de 2022.

"Destacam-se, nesse sentido, a LSPA, com aumento na previsão para a safra de grãos de 2023 de fevereiro a abril, as exportações de suínos e aves, que seguiram avançando frente à média dos últimos anos, o aumento do abate na comparação trimestral dessazonalizada, a variação do IBC-Br na comparação trimestral (2,4%) e interanual (3,9%), e a criação líquida de novos postos de trabalho em fevereiro e março, de acordo com dados do Caged", afirma a secretaria.
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No último relatório Focus, os analistas de mercado consultados pelo Banco Central estimaram uma alta de 1,20% para o PIB de 2023. Para 2024, a estimativa no Focus é de alta de 1,30%. As estimativas de mercado para os anos de 2025 e 2026 estão em 1,70% e 1,80%, respectivamente.