Meta prepara demissão de mais 10 mil empregados

Anúncio foi feito ontem pelo fundador e CEO da empresa, Mark Zuckerberg, no seu perfil no Facebook

Por Agência Estado

(FILES) In this file photo taken on October 28, 2021 this photograph shows the META logo on a laptop screen in Moscow as Facebook chief Mark Zuckerberg announced the parent company's name is being changed to "Meta" to represent a future beyond just its troubled social network. - Facebook owner Meta will lay off more than 11,000 of its staff in "the most difficult changes we've made in Meta's history," boss Mark Zuckerberg said on November 9, 2022. (Photo by Kirill KUDRYAVTSEV / AFP)
Apenas quatro meses depois de dispensar 11 mil funcionários, a Meta, companhia dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, vai demitir mais 10 mil pessoas e congelar 5 mil vagas - atualmente, a companhia tem cerca de 75 mil empregados. O anúncio foi feito ontem pelo fundador e CEO da empresa, Mark Zuckerberg, no seu perfil no Facebook (antes, ele havia compartilhado internamente o material).

No texto, Zuckerberg escreveu que busca "melhorar nosso desempenho financeiro em um ambiente difícil para que possamos executar nossa visão de longo prazo".

De acordo com o plano, os desligamentos devem ocorrer nos próximos meses, mas pessoas ligadas a recrutamento de talentos serão desligadas. "Nos próximos meses, os líderes organizacionais anunciarão planos de reestruturação focados em achatar nossas organizações, cancelar projetos de menor prioridade e reduzir nossas taxas de contratação. Com menos contratações, tomei a difícil decisão de reduzir ainda mais o tamanho de nossa equipe de recrutamento", diz o post.

Segundo Zuckerberg, profissionais da área de tecnologia serão desligados em abril, enquanto integrantes da divisão de negócios serão cortados em maio. O fundador da companhia afirmou ainda que todo o processo poderá ser completado até o fim do ano.

A segunda rodada de cortes no Facebook veio após outras gigantes da tecnologia anunciarem cortes profundos em 2023. A Amazon cortou 18 mil funcionários; o Google, 12 mil empregados; e a Microsoft, 10 mil pessoas.

Ainda não há informações sobre como os cortes irão afetar a operação brasileira da gigante. Em novembro, a companhia deixou o seu principal prédio de escritório no Brasil como medida para conter custos.

Crise


Em fevereiro, a Meta deu sinais de que estava revertendo o cenário de crise que se desenhou ainda em 2022. Em balanço financeiro, a gigante registrou crescimento de usuários em seus aplicativos e surpreendeu as expectativas do mercado, que previam cenário pior para o último trimestre do ano passado.

Antes disso, porém, a companhia passou por um período difícil. Em outubro de 2021, começou a mudar o foco do negócio em redes sociais para o metaverso, principal aposta de Zuckerberg para o futuro da internet. Investidores, no entanto, ainda têm dúvidas sobre a efetividade dessa jogada.

Ao mesmo tempo, os aplicativos de redes sociais de Zuckerberg sofreram diversas pressões, como concorrência acirrada com o rival TikTok e nova política de privacidade da Apple, que prejudica a estratégia de anúncios da Meta.