Banco Central da Suíça diz que pode dar apoio financeiro ao Credit Suisse

O presidente do Credit Suisse, Axel Lehmann, descartou que o estabelecimento precise de ajuda governamental

Por Folhapress

A sign of Credit Suisse bank is seen on the branch building in Geneva, on March 15, 2023. - Credit Suisse shares nosedived on March 15, 2023, after its main shareholder said it would not provide more funding, with reassuring comments from the Swiss bank's chairman unable to calm the market panic. (Photo by Fabrice COFFRINI / AFP)
O BC da Suíça disse nesta quarta-feira (15) que, se for necessário, fornecerá apoio financeiro ao Credit Suisse e que a instituição atende aos requisitos para ser considerada sistematicamente importante.
Referindo-se ao recente colapso do Silicon Valley Bank, o Swiss National Bank (SNB) afirmou, em nota, que os problemas de alguns bancos nos EUA não representam um risco direto de contágio para o mercado financeiro suíço.
As ações do banco Credit Suisse chegaram a cair até 30% nesta quarta, após a recusa de seu principal acionista, o Banco Nacional Saudita, a ampliar sua participação no capital.
O SNB ainda afirmou que requisitos rigorosos de capital e liquidez do país garantem a estabilidade de suas instituições financeiras.
"O SNB e a FINMA [Autoridade de Supervisão do Mercado Financeiro] atestam que não há indicações de um risco direto de contágio para instituições suíças devido à atual turbulência no setor bancário dos EUA mercado", disse o BC suíço em comunicado.
As ações do banco Credit Suisse chegaram a cair até 30% nesta quarta-feira (15), apesar das tentativas do presidente do segundo maior banco da Suíça de tranquilizar os investidores em um mercado febril ante as instabilidades do setor bancário.
A ação da instituição, considerada o ponto frágil da rede bancária na Suíça, chegou a perder 30% e atingiu um mínimo histórico de 1,55 franco suíço.
No fechamento da Bolsa de Zurique, a queda foi de 24,24%, com uma capitalização de pouco menos de 6,7 bilhões de francos suíços (em torno de US$ 7,2 bilhões).
O presidente do Credit Suisse, Axel Lehmann, descartou que o estabelecimento precise de ajuda governamental, mas suas declarações não conseguiram acalmar os mercados.
"Não é um tema", afirmou ele, durante uma conferência do setor bancário na Arábia Saudita. "Temos índices financeiros sólidos, um balanço sólido".