Dólar fecha no maior nível desde 5 de janeiro com crise do Credit Suisse

Nos momentos de maior estresse, no início dos negócios, a divisa ultrapassou o teto de R$ 5,32 e registrou máxima a R$ 5,3288

Por Agência Estado

(FILES) In this file photo taken on November 11, 2018 a sign of Switzerland's Credit Suisse bank is seen on an office building in Geneva on March 13, 2023. - Credit Suisse shares plunged by nearly nine percent on March 13, 2023 to hit a new historic low, as the repercussions of the collapse of failed US lender SVB shook the markets. (Photo by Fabrice COFFRINI / AFP)
O dólar encerrou a sessão desta quarta-feira (15) em alta de 0,70%, cotado a R$ 5,2943 - o maior valor de fechamento desde 5 de janeiro (R$ 5,3523). Nos momentos de maior estresse, no início dos negócios, a divisa ultrapassou o teto de R$ 5,32 e registrou máxima a R$ 5,3288 (+1,36%). Na semana, o dólar acumula alta de 1,65% ante o real, que sofre menos, contudo, que seus pares principais entre emergentes.
O escorregão do real se deu em meio a uma onda de aversão ao risco mundo afora que levou investidores a buscar refúgio na moeda americana. Após a trégua de ontem, no rescaldo das medidas de autoridades dos EUA para amenizar os efeitos da quebra do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank, notícias de problemas de liquidez do Credit Suisse reavivaram os temores de recessão global, na esteira de uma possível espiral de deterioração no sistema financeiro. O Saudi National Bank (SNB), principal acionista do banco suíço, descartou a hipótese de oferecer mais assistência financeira à instituição.
Especula-se que o Banco Central Europeu (BCE) não cumpra amanhã a sinalização de alta de juros em 50 pontos-base. Ao longo da tarde, voltaram a ser majoritárias pontualmente, segundo ferramenta da CME, as chances de que o Federal Reserve opte por manter a taxa básica inalterada neste mês, em vez de promover nova elevação de 25 pontos-base - o que teria amenizado as perdas das bolsa em Nova York à tarde e esfriado um pouco a corrida ao dólar.