Bolsas da Ásia fecham em alta, em meio a rumor sobre covid-zero na China

Em Hong Kong, o Hang Seng disparou 5,24%, a 18.204,68 pontos, apoiado em especial por ações do setor imobiliário da China, como a Country Garden Holdings (+13,66%)

Por Agência Estado

Bolsas asiáticas, mercado financeiro, bolsas da Ásia Pedestrians walk in front of electronic quotation boards displaying share prices on the Tokyo Stock Exchange (L) and the foreign exchange rate between the US dollar and Japanese yen (R) in Tokyo on November 17, 2020. (Photo by Kazuhiro NOGI / AFP)
As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta terça-feira (29), apoiadas por rumores de que a China poderia abandonar sua política de Covid-zero" antes do previsto, em resposta aos recentes protestos no país. O Conselho Estatal do país, equivalente ao gabinete do governo, realizou reunião sobre o tema nesta terça, mas nenhuma mudança significativa da postura rígida de Pequim foi anunciada por enquanto.
O índice Xangai Composto fechou em forte alta de 2,31%, a 3.149,75 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto subiu 2,12,14%, a 2.016,22 pontos.
Em Hong Kong, o Hang Seng disparou 5,24%, a 18.204,68 pontos, apoiado em especial por ações do setor imobiliário da China, como a Country Garden Holdings (+13,66%). Empresas de tecnologia também subiram em ritmo forte, com destaque para a Meituan (+11,48%), JD.com (+10,89%) e Alibaba (+9,71%).
O Conselho de Estado da China decidiu acelerar a vacinação de idosos - com foco para o grupo acima de 80 anos, mais vulnerável - e orientou autoridades locais a ajustarem sua abordagem contra a doença para uma postura mais "diversificada".
As sinalizações, embora positivas, foram recebidas com desapontamento por alguns participantes do mercado, que esperavam alterações mais significativas na política de covid-zero.
"Não achamos que o governo esteja prestes a abrir as portas para uma flexibilização rápida das restrições devido à falta de doses de reforço para a população idosa, eficácia relativamente baixa das vacinas da China e capacidade limitada de UTI. Como tal, muitas medidas provavelmente permanecerão em vigor, mas, ao mesmo tempo, é improvável que a China volte a bloqueios em massa e restrições de mobilidade extremamente rígidas", pondera o TD Securities, em relatório a clientes.
O banco de investimentos canadense prevê um processo lento e gradual para "qualquer reabertura" a ser feita por Pequim, de forma a evitar pressão sobre o sistema de saúde, "às custas da recuperação econômica nos próximos meses".
Entre outros mercados, o índice Nikkei de Tóquio fechou em baixa de 0,48%, a 28.027,84 pontos, e foi exceção nesta terça.
Já o sul-coreano Kospi avançou 1,04%, a 2.433,39 pontos, e o taiwanês Taiex marcou alta de 1,05%, a 14.709,64 pontos.
Oceania
Por fim, na Oceania, o australiano S&P/ASX 200 terminou o dia com ganhos de 0,33%, a 7.253,30 pontos.