Seguro rural já pagou R$ 2,6 bi no 1º semestre

Indenizações no Rio Grande do Sul são decorrentes dos efeitos climáticos, como a estiagem que afetou o campo

Por Cláudio Isaias

Presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, apresentou dados sobre o seguro no Rio Grande do Sul
O primeiro semestre de 2022 registrou o pagamento de R$ 2,6 bilhões em indenizações do seguro rural no Rio Grande do Sul. Em comparação, no ano passado inteiro foram feitos R$ 650 milhões em pagamentos aos produtores rurais.
O seguro rural no Estado avançou 42,1% e representa 17,4% do montante nacional. Os dados foram apresentados nesta quinta-feira pelo presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Dyogo Oliveira, que afirmou que o resultado é decorrente dos efeitos climáticos que afetaram o Estado. Oliveira participou, em Porto Alegre, do lançamento da campanha "Seguros, Previdência Privada e Saúde. Pra tudo e pra todos" realizado no Hotel Plaza São Rafael.
Segundo ele, o lado positivo do pagamento das indenizações foi que as seguradoras puderam estar ao lado do agronegócio gaúcho. "As indenizações foram pagas, o que permitiu que os produtores rurais continuassem a trabalhar mesmo com a estiagem. No próximo ano, eles vão continuar tendo capacidade de manter suas propriedades, produzindo e mantendo suas máquinas", ressaltou.
De acordo com o presidente da CNseg, a cultura do seguro rural é mais forte no Rio Grande do Sul do que em outras regiões do País. "O Estado tem 8,5% de participação no agronegócio do Brasil, mas tem quase 20% de participação no seguro rural."
Oliveira informou ainda que em 2021 o setor de seguros do Rio Grande do Sul (sem saúde suplementar, VGBL e DPVAT) pagou mais de R$ 7,6 bilhões em indenizações, um avanço de 19,1% sobre 2020. De acordo com ele, a campanha do setor tem a proposta de mostrar à sociedade que o seguro pode ser acessível e adequado a diversos perfis. "A campanha que estamos lançando marca um novo momento da CNseg, um momento que queremos reforçar a imagem de um setor relevante para economia brasileira, uma indústria que devolve à sociedade, por ano, mais de R$ 300 bilhões em indenizações, benefícios e resgates de seguros de vida, rural, saúde, carro, proteção contra inadimplência e tantos outros", acrescentou. O setor emprega mais de 250 mil pessoas de forma direta e indireta.
O presidente da CNseg também informou que a entidade levou propostas do setor para os candidatos à presidência da República. O documento elenca temas ligados ao risco climático, proteção veicular e propõe um novo marco regulatório para a saúde suplementar. "A função social do seguro teve sua expressão máxima com a assistência a mais de 170 mil famílias afetadas pela Covid-19, com recursos superiores a R$ 6,5 bilhões,referentes a eventos não cobertos pelos contratos", afirmou.