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Frigorífico de Santa Maria começará a exportar carne para os Estados Unidos
A empresa recebeu a habilitação, que é bastante complexa, na última sexta-feira
O Frigorífico Silva Best Beef, de Santa Maria, conquistou a habilitação para exportar suas carnes para os Estados Unidos. A notícia é celebrada pois valoriza a pecuária gaúcha e deve gerar empregos, conforme adianta o dono do empreendimento, Ivon da Silva.
“É uma certificação difícil que comprova a qualidade da planta industrial e requisitos de sanidade”, detalha o empresário.
O mercado dos Estados Unidos, segundo ele, prima pela qualidade das carnes. “É o país que mais exporta ‘carne não commodity’, ou seja, de primeira qualidade, e eles querem comprar da mesma qualidade que consomem. Isso o Rio Grande do Sul tem para oferecer. Quem ganha é todo o Estado”, considera Silva.
Ainda não há data para o início das exportações, pois o frigorífico foi habilitado na última sexta-feira, 9 de setembro. Silva estima que em torno de dois meses os negócios devem começar a ser firmados.
A previsão é que a feira Sial, em Paris, da qual Silva participará em outubro, ajude a acelerar as tratativas. “Ali começam os contatos, pois o mundo se junta para falar de carnes”, avalia.
Silva revela que 80% dos abates do frigorífico são das raças Angus e Hereford. São essas, inclusive, que serão enviadas ao país norte-americano. “Não queremos entrar com commodity, mas com carne especial”, avisa Silva.
A empresa exporta, atualmente, para mais de 60 países. A entrada nos Estados Unidos é comemorada, principalmente, por pagar preços superiores pelo produto, embora haja oscilação no câmbio do dólar. “É muito importante, é mais uma janela de exportação para um país rico”, entende.
A carne gaúcha, conforme Silva, é igual ou melhor que as produzidas na Argentina e no Uruguai. Isso se deve, entre outros motivos, à qualidade das pastagens. Além de Santa Maria, o Frigorífico Silva tem um entreposto só para exportação na cidade de Rio Grande.