Tramandaí vive impasse e deixa moradores sem rodoviária

A pendência atual seria com o PPCI dos bombeiros

Por Mauro Belo Schneider

Antiga Estação Rodoviária de Tramandaí já foi demolida
Com uma população de mais de 50 mil pessoas, Tramandaí, que é conhecida como a capital das praias, vive um dilema. Desde maio, os moradores reclamam que não têm mais rodoviária. Na verdade, como classifica o secretário de segurança do município, Claudiomir da Silva Pedro, ela “opera de forma precária”.
O imbróglio começou quando a empresa Stradale Terminais Rodoviários Ltda ganhou a licitação do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) para ser a nova concessionária pelos próximos 25 anos. No fim de 2021, no entanto, conforme Pedro, a antiga teria entrado com uma liminar para permanecer na função.
A situação foi julgada a favor da Stradale, mas há dois meses o terminal da rua Xavantes vem sendo demolido, deixando os usuários à mercê do frio e da chuva. O local será transformado em estacionamento para o O antigo terminal está sendo demolido para virar estacionamento do MacroMix
O novo endereço da Estação Rodoviária de Tramandaí, então, foi definido para ocupar a garagem da Unesul, localizada na rua Saldanha da Gama, nº 342, no bairro Tiroleza. Aí entra outra polêmica: moradores dizem que o local é de difícil acesso para os ônibus.
O secretário informa que a prefeitura já fez tudo que estava a seu alcance para que o empreendimento começasse a operar. “Preparamos todo o sistema viário, instalamos semáforos. Está tudo certo. Só falta inverter as vias, trabalho de uma manhã”, detalha Pedro.
A liberação do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) dos Bombeiros é que estaria atrasando a inauguração, prevista, incialmente, para ocorrer imediatamente ao fechamento da sede anterior. Enquanto isso, as passagens são vendidas na avenida Militão de Almeida, junto à casinha dos taxistas, ao lado da Estação Rodoviária.
O Daer afirma, em nota, que o funcionamento do espaço na rua Saldanha depende do alvará que será emitido pela Prefeitura Municipal. “Um dos requisitos desse documento é o PPCI, que será fornecido após algumas pendências serem sanadas. A empresa está ciente dessa necessidade e o Daer acompanhando o processo, que segue os trâmites exigidos por lei”, cita o texto enviado pelo departamento à reportagem.
O embarque e desembarque ocorre, temporariamente, na rua Xavantes, paralela à Estação Rodoviária, que liga a avenida Fernandes Bastos à avenida Militão de Almeida.
“Tomamos a medida de fazer um oficio ao Ministério Público fazendo o relato de tudo que está acontecendo para mostrar para a comunidade que o problema não é do município”, destaca Pedro.