Pesquisadores da UFSM recebem R$ 1 milhão para desenvolver motor automotivo movido a hidrogênio ecológico

O GPMot ganhou financiamento do programa Rota 2030, contando também com a parceria de empresas multinacionais

Por JC

Um projeto realizado com recursos do Programa Rota 2030 está pesquisando como tirar vantagem de opções ecológicas como combustível na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O objetivo é resolver os problemas que um motor de combustão interna apresenta quando movido a hidrogênio.
O projeto “Desenvolvimento de motor automotivo movido a biohidrogênio para o mercado brasileiro” é realizado pelo Grupo de Pesquisa em Motores, Combustíveis e Emissões (GPMot) da UFSM, contando com a coordenação da professora Nina Paula Gonçalves Salau, do Departamento de Engenharia Química, e com o professor Thompson Diórdinis Metzka Lanzanova, do Departamento de Engenharia Mecânica, como coordenador associado.
O projeto ganhou financiamento de aproximadamente R$ 1 milhão do Programa Rota 2030, após ser aprovado em chamada pública lançada pela Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep) – fundação de apoio vinculada à Universidade Federal de Minas Gerais. Para a administração dos recursos, o projeto tem também parceria com a Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Faurgs).
Sucessor do Inovar-Auto, encerrado em 2017, o Programa Rota 2030 – Mobilidade e Logística é uma iniciativa do Governo Federal que tem como objetivo “apoiar o desenvolvimento tecnológico, a competitividade, a inovação, a segurança veicular, a proteção ao meio ambiente, a eficiência energética e a qualidade de automóveis, de caminhões, de ônibus, de chassis com motor e de autopeças”, de acordo com o artigo 7º da Lei 13.755/2018, que instituiu o programa. Entre outras vantagens, o programa concede benefício tributário a empresas do setor automotivo (montadoras, importadores de veículos e fabricantes de autopeças) que realizarem investimento em pesquisa e desenvolvimento no País.
Dessa forma, o programa proporciona que universidades e outros institutos de pesquisa nacionais concorram a financiamento para realizar pesquisas em conjunto com gigantes mundiais do setor automotivo. No projeto em questão, a pesquisa na UFSM conta com o apoio da Marelli (fabricante de autopeças que resultou da fusão da empresa italiana Magneti Marelli com a japonesa Calsonic Kansei) e da TCA/Horiba (subsidiária de sistemas de testes automotivos da Horiba, fabricante japonesa de instrumentos de precisão para medição e análise).