Aeromot e RS viabilizam construção de centro tecnológico aeronáutico em Guaíba

Planta industrial da Aeromot será no Distrito Industrial de Guaíba e prevê investimento de R$ 300 milhões

Por JC

Assinatura do acordo entre Aeromot e governo do RS ocorreu ontem
Com um investimento de R$ 300 milhões, centro tecnológico aeronáutico com uma unidade de montagem de aeronaves deve ser desenvolvido no distrito industrial de Guaíba, no Rio Grande do Sul, nos próximos anos. A iniciativa resulta da parceria entre o governo estadual e a Aeromot, empresa de tecnologia aeronáutica, que assinaram protocolo de intenções nesta quarta-feira (29).
Assinado durante a manhã pelo CEO da Aeromot, Guilherme Cunha, e o governador Ranolfo Vieira Júnior, o documento prevê um aporte de aproximadamente R$ 80 milhões somente na primeira fase do projeto.
“Com o crescimento da Aeromot, a partir do redirecionamento de negócios e contando com parcerias com grandes fabricantes internacionais, a empresa teve um impulsionamento importante. Esse centro de desenvolvimento tecnológico e de montagem de aviões é a concretização de um plano muito bem embasado, planejado e que busca retomar o protagonismo do Rio Grande do Sul no mercado aeronáutico”, destaca Cunha.
Segundo a empresa, as obras devem começar em 2023, após o cumprimento das etapas de licenciamentos ambientais e de aprovações nos órgãos reguladores de aviação civil. Ao todo, cerca de 1,3 mil empregos serão gerados, sendo 500 empregos diretos e 800 indiretos.
Além da montagem de aeronaves e fabricação de componentes e peças aeronáuticas, o empreendimento também será ambiente propício para o desenvolvimento de programas de offset, transferência de tecnologia e pesquisa e desenvolvimento.
A Aeromot é fornecedora de aeronaves de uso múltiplo, conhecidas como aeronaves “multimissão”. Já receberam os veículos diversos órgãos públicos brasileiros, como Corpos de Bombeiros de Minas Gerais e Rondônia, policiais gaúchos, do Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro, e a Polícia Federal.
Ao todo, a empresa entregou 47 aeronaves novas nos últimos cinco anos. Outras 32 aeronaves, incluindo aviões e helicópteros para segurança pública e proprietários privados, devem ser entregues nos próximos três anos.