Lojistas de Porto Alegre esperam aumento de 18% nas vendas de inverno

Para 55% dos comerciantes de produtos da estação, procura por artigos para suprir o frio é alta

Por JC

Número maior de consumidores está buscando artigos pelo preço
De acordo com sondagem realizada pelo Sindilojas Porto Alegre em lojas de roupas, calçados e cama, mesa e banho da Capital, se o cenário se mantiver nos moldes atuais, até o final do inverno não deverão sobrar muitos produtos em estoque. O Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento da Entidade revelou que 55% dos varejistas entrevistados consideram o movimento alto, até o momento, e 56%  perceberam aumento nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado, equivalente a 18%.
O mesmo percentual, de 18%, é esperado de aumento nas vendas até o final do inverno. Os varejistas que acreditam que as vendas estão semelhantes a 2021 correspondem a 27%, e os que notaram queda somam 15%.
O levantamento também identificou que, este ano, o ticket médio nas lojas desses segmentos tem sido de R$ 376,00. Os produtos mais vendidos, separados por segmento, são os de vestuário - casacos e jaquetas (58,6%), blusas térmicas e básicas (20%), blusões e cardigans (14,3%), calças de lã e veludo (14,3%) e moletons (11,4%)-, calçados- botas (90%), tênis (25%), sapatos (20%) e pantufas (5%)- e cama, mesa e banho- edredons (90%), cobertores (40%), lençóis térmicos (30%) e roupões (30%).
Entre as mudanças de comportamento de consumo percebidas pelos lojistas em relação a 2021, 50% dos entrevistados afirmam que a busca por preços baixos tem sido maior. Para 23,1%, as pessoas estão mais cautelosas com os gastos. Ainda, 9,6% dos lojistas percebem que os clientes estão comprando mais por necessidade e 7,7% observam que a quantidade de compras parceladas aumentou.
Quando perguntados sobre a expectativa para a economia do Estado para o segundo semestre, 68% dos lojistas estão otimistas. Os que estão muito otimistas correspondem a 8%. Já os que se dizem indiferentes são 13% e os que estão pessimistas totalizam 11%.
A respeito dos preços, 75% afirmam que os produtos de inverno estão mais caros, em média 21%. Outros 23% disseram que os preços se mantêm semelhantes aos de 2021. Os que afirmam queda correspondem a 1%, mesmo percentual dos lojistas que não souberam responder.