Brava Linhas Aéreas tem processo sobre concessão suspenso

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O ponto final da história da companhia Brava Linhas Aéreas (que assumiu os voos da NHT) ainda não foi decretado. Conforme a assessoria de imprensa da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o processo de declaração da caducidade da concessão da empresa encontra-se interrompido, tendo em vista que o grupo solicitou novo prazo para a regularização com a agência. O pedido, sem um novo cronograma ainda definido, está em análise na Anac.
Enfrentando dificuldades de operação e impactada por várias ações trabalhistas, a companhia teve o seu Certificado de Empresa de Transporte Aéreo (ETA) cancelado pela Anac, de forma cautelar, em abril de 2014. A operação efetiva já havia sido descontinuada no final do ano anterior. Em entrevista concedida em janeiro de 2015 ao Jornal do Comércio (JC), o presidente da Brava, Jorge Barouki, afirmou que os atuais esforços estavam concentrados para voltar às atividades antes de 29 de junho (prazo que a companhia tinha para se manifestar sobre a suspensão cautelar do certificado). O foco era evitar que a validade do documento caducasse definitivamente.
Procurado novamente, nesta semana, pela reportagem do JC, Barouki disse que prefere não comentar o assunto até ocorrer uma conclusão da questão por parte da Anac. Anteriormente, o empresário havia informado que tinha sido traçado um plano de reestruturação da companhia e, para levar adiante a ideia, estava buscando investidores.
A Brava é a sucessora da companhia NHT Linhas Aéreas, que pertencia à holding JMT de Santa Maria (também controladora da empresa de ônibus Planalto). A NHT foi vendida em maio de 2012 ao grupo catarinense Acauã (liderado por Jorge Barouki). Atuando como Brava, a empresa operava em 11 cidades dos três estados da região Sul do Brasil. No Rio Grande do Sul, atendia municípios como Rio Grande, Santo Ângelo, Santa Rosa, entre outros. Antes da compra, a experiência de Barouki no segmento de aviação se deu por meio da Vit Solo, outra controlada do grupo Acauã. Essa companhia faz o chamado "serviço de rampa" nos aeroportos, que, entre outras ações, é responsável por colocar e retirar as bagagens das aeronaves.