Petróleo recua com alta do dólar e queda menor nos poços dos EUA

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Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta sexta-feira, pressionados pelo fortalecimento do dólar e pela desaceleração da queda no número de plataformas e poços em atividade nos EUA.

O contrato para julho negociado na Nymex caiu US$ 1,00 (1,64%), para US$ 59,72 por barril, e acumulou declínio de 1,4% na semana. O Brent para o mesmo mês recuou US$ 1,17 (1,78%), para US$ 65,37 por barril, com queda semanal de 2,2%.

O valor do petróleo tem se movido inversamente ao do dólar nas últimas semanas e alguns analistas atribuem quase todo o recente rali da commodity ao enfraquecimento da moeda dos EUA. O mercado de petróleo bruto mundial continua abastecido em excesso e houve alertas de que o rali era insustentável e que os preços voltariam a cair.

Nesta sexta-feira, o dólar ganhou força depois de o Departamento do Trabalho dos EUA informar que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do país subiu pelo terceiro mês consecutivo em abril. O dólar mais forte torna os contratos de petróleo, que são denominados na moeda norte-americana, mais caros para quem opera com outras divisas.

Segundo Mark Benigno, codiretor de operações com energia da INTL FCStone, o mercado de petróleo "não parece estar se movendo muito em razão dos fundamentos, mas está se movendo inversamente ao dólar todos os dias".

O preço do petróleo também foi pressionado por dados da Baker Hughes que mostraram que o número de plataformas e poços em operação nos EUA diminuiu apenas um na semana passada, o que indica que a forte redução da atividade observada nos últimos meses está chegando ao fim. Algumas companhias afirmaram que podem ampliar as operações se os preços se estabilizarem em torno de US$ 60 por barril, o que aumentará o excesso de oferta no mercado.