Navegação Aliança lança nova embarcação dia 18

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Está marcado para o dia 18 de setembro o lançamento de mais um navio da Navegação Aliança: o João Mallmann (homenagem a um dos fundadores da Trevisa, controladora da empresa). O evento acontecerá no estaleiro da Intecnial, localizado no município de Triunfo.
O diretor da Navegação Aliança Ático Scherer explica que o lançamento consiste em “largar dentro da água” a embarcação. Após essa ação, serão feitos testes e alguns acabamentos. A perspectiva é de que o navio comece as operações de transporte a partir de outubro.
O João Mallmann terá 101 metros de comprimento, com uma “boca” de 15,5 metros e capacidade para 4,7 mil toneladas, podendo atingir uma velocidade de até 8 nós (cada nó equivale a 1,852 quilômetros por hora). O investimento no empreendimento foi de R$ 22,6 milhões. Scherer detalha que a embarcação terá como foco o transporte de celulose (produzida pela planta da CMPC Celulose Riograndense na cidade de Guaíba) e granéis sólidos.
O empresário adianta que a Navegação Aliança já está negociando com a CMPC o contrato para movimentação dessa carga. O grupo chileno está ampliando sua unidade no Rio Grande do Sul, o que deverá ser concluído em maio de 2015. Quando finalizada a expansão, a fábrica agregará mais cerca de 1,3 milhão de toneladas de celulose a sua capacidade anual, alcançando o patamar de 1,8 milhão de toneladas.
Scherer revela que, confirmando a assinatura do acordo, a Navegação Aliança inicia a construção da embarcação Juan Rassmuss (nome que será dado em honra a um acionista da Trevisa). O navio será idêntico ao João Mallmann e deve custar aproximadamente R$ 25 milhões. A perspectiva é que sejam necessários cerca de 16 meses no desenvolvimento da embarcação, que será feito também pela Intecnial e, provavelmente, em Triunfo. Os dois graneleiros atuarão, exclusivamente, na navegação interior gaúcha.

Empresas gaúchas do setor de logística avaliam união

Sete companhias da área de logística planejam juntar-se e formar o que pode ser a maior empresa do setor no Estado. O coordenador da comissão de infraestrutura do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (Setcergs) e diretor-presidente da Navegação Taquara, Frank Woodhead, diz que a iniciativa encontra-se em uma fase intermediária e deverá ser concretizada apenas no próximo ano.
Por enquanto, o dirigente prefere não revelar os nomes das companhias envolvidas no projeto, mas adianta que são grupos que têm nichos de mercado que não são diretamente concorrentes. A ideia é reunir agentes logísticos para oferecer um leque maior de serviços. Woodhead argumenta que essa medida permitirá que as empresas ganhem em volume de operação, diminuindo o custo logístico. “Será como entrar em uma loja e poder comprar tudo o que precisa”, compara.
De acordo com o empresário, o “quebra-cabeça” ainda está sendo montado para encontrar qual é a melhor maneira de realizar o plano, contudo, provavelmente, será através da constituição de uma holding. O dirigente acrescenta que o grupo também busca um investidor estratégico para consolidar o empreendimento.
Woodhead informa que o “nome de guerra” da proposta atualmente é Núcleo Logístico Intermodal. A meta é oferecer aos futuros clientes a melhor alternativa de tempo e preço, independentemente do modal a ser utilizado (rodoviário, ferroviário ou hidroviário). O empresário ressalta que as companhias que operam no setor de logística, trabalham com custos fixos altos. Com a união, a tendência é diminuir esse impacto.
A prioridade da atividade da futura empresa será o transporte de contêineres e produtos industrializados, porém, sem excluir a movimentação de granéis. No início, o mercado internacional será o principal alvo da nova companhia. Woodhead adianta que tanto o Tecon Rio Grande como os terminais de Santa Catarina poderão ser utilizados para escoar os contêineres. A escolha dependerá da competitividade.