Fecomércio defende menor carga tributária com crescimento do PIB

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Eleita para o quadriênio 2014-2018, a nova diretoria da Fecomércio-RS pretende ser melhor compreendida e reconhecida como legítima representante do setor terciário gaúcho, através de ações de longo prazo que fortaleçam e instrumentalizem os 112 sindicatos filiados. “Este é um dos nossos maiores desafios”, admitiu o empresário Luiz Carlos Bohn, que assumiu ontem a presidência da entidade. Neste sentido, a continuidade da busca pelo fortalecimento da base, formada pelos segmentos de atacado, varejo, serviços e turismo, estará entre os principais focos de ação da Fecomércio-RS no Estado, discursou o dirigente. Também a diminuição da carga tributária, que de acordo com Bohn já representa 37% do orçamento das empresas, será defendida nos próximos anos. 

“Não é uma questão de o governo deixar de arrecadar impostos, mas de fazer com que o PIB gaúcho cresça, diminuindo o percentual de tributos cobrados, e também as dificuldades dos empresários em pagá-los”, explica o substituto de Zildo De Marchi, que se mantém na diretoria da entidade, desta vez como vice-presidente do grupo de Comércio Atacadista. Durante seu discurso, o novo presidente lembrou que o setor terciário representa 48% do PIB estadual e emprega 1,6 milhão de pessoas em um universo de 570 mil empresas (que inclui os segmentos de transportes e serviços de saúde, que não integram a base da entidade). “Entendemos que os governantes devem agir de acordo com seus planos, mas acreditamos ser fundamental que tenhamos uma boa relação com os poderes constituídos, mitigando as dificuldades que se tem hoje em dia para empreender no Estado”, pontuou Bohn, afirmando que é necessário que “os governos realizem uma melhor gestão dos recursos públicos arrecadados”, e de que haja menos burocracia para os negócios no Estado, bem como uma maior liberdade econômica para o crescimento das empresas.

Outro foco da nova gestão será lutar pela universalização de contribuição para os sindicatos filiados à Fecomércio-RS. “Sabemos que as chances dessas demandas serem atendidas são muito pequenas, uma vez que se busca no País enfraquecer a representação patronal e reforçar as centrais de trabalhadores”, alfinetou Bohn.