Brasil não deve superar recorde em Cannes

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O Cannes Lions Festival Internacional de Criatividade encerra-se neste sábado com previsões de que os bons resultados de troféus acumulados até agora pelas agências brasileiras não se repetirão nos julgamentos das categorias finais. Entre os mais de cem trabalhos inscritos pelo País, apenas cinco foram selecionados para entrar na lista de aproximadamente 300 finalistas da categoria de filmes.
O número é inferior aos nove finalistas registrados na edição do ano passado para a área. Como base de comparação, os Estados Unidos lideram com mais de 90 peças, enquanto o Reino Unido tem cerca de 30.
Entre os finalistas brasileiros de filmes figuram comerciais das agências Leo Burnett Tailor Made, Borghi/Lowe e AlmapBBDO.
Nas categorias Film Craft, que aborda a produção cinematográfica dos trabalhos, e Branded Content, que avalia a criação de conteúdo para marcas, o País também tem pequenas chances, segundo as apurações parciais.
Outra área considerada difícil para as agências nacionais é a Titanium, sobre ideias revolucionárias, em que Brasil tem pouca tradição de premiação.
Nas 11 categorias julgadas até o quinto dia do evento, as agências brasileiras acumularam 97 troféus. Desde a abertura do festival, o País alcançou 13 ouros, 30 pratas e 52 bronzes, além de um Grand Prix na categoria Mobile, que abrange a publicidade voltada aos dispositivos móveis, troféu que equivale ao prêmio máximo da categoria.
O Brasil recebeu também, pela agência Ogilvy, um prêmio na categoria especial Creative Effectiveness, que premia a efetividade de campanhas vencedoras em festivais anteriores.
Nas cinco categorias que faltam para serem julgadas, o Brasil teria de alcançar 19 troféus para superar seu resultado final de 2013, recorde do País na história do festival.