Companhia das Letras e Editora Objetiva celebram união

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O conglomerado editorial Penguin Random House, o maior do mundo, anunciou, nesta quarta-feira (19), a compra dos selos de obras gerais do grupo espanhol Santillana. O negócio, fechado em € 72 milhões, envolve diretamente o mercado brasileiro. Além das espanholas Alfaguara, Suma de Letras e Fontanar, entre outras, entrou no pacote também a brasileira Objetiva, que desde 2005 já estava sob controle (76%) da Santillana.

Como parte da editora Companhia das Letras já havia sido comprada pela Penguin no fim de 2011, assim que o negócio for concluído, a própria Companhia e a Objetiva, que juntas detêm 6% da venda em livrarias no Brasil, passam a fazer parte do mesmo grupo.

Ficaram de fora da transação os ramos didático e infantojuvenil da Santillana voltados a colégios, que, no ano passado, representaram 87% do volume de vendas do grupo. Assim, no Brasil, a Santillana continua dona da editora Moderna.

Já na Objetiva, seu fundador, Roberto Feith, vendeu os 24% de sua participação na empresa, mas continua no cargo de dirertor editorial. A Companhia das Letras seguirá administrada por Luiz Schwarcz, publisher e sócio com 55% de participação da editora, mas que também acumulará a função de CEO da Penguin Random House Brasil, empresa que surge com o acordo.

“Ainda será discutido como será a logística das duas editoras. Não sabemos, por exemplo, o que vai acontecer com as áreas comercial e de logística”, afirmou Roberto Feith.