Lojistas de moda se voltam para as vendas pela internet

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Em uma época onde muitos consumidores lidam com informação full time, acessando permanentemente as redes sociais, é possível que alguns deles conheçam melhor os produtos do que os próprios vendedores. Atentos a isso, os lojistas brasileiros estão voltando os olhos para os “neoconsumidores”. “É preciso estar preparado para atender a este público, e, para obter sucesso nesta empreitada, é necessário usar de argumentação. A venda forçada não funciona mais”, explica a consultora do VestesBR, Débora Schwarz, durante a palestra Consumidor de Moda na Era Digital, promovida pela plataforma de negócios online, ontem, no Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael.
Esta é a segunda vez que o shopping virtual atacadista VestesBR – que comercializa na web marcas de diversos estados – realiza evento em Porto Alegre para aproximar fabricantes de todo o País e lojistas gaúchos. Além de palestras, são apresentados os lançamentos de mais de 20 grifes a partir de um showroom itinerante do site. O encontro busca facilitar a realização de negócios entre varejistas da região e confecções de todo o Brasil, explica a empresária Vanessa Wander, idealizadora do site. Segundo ela, as vendas deste ano estão melhores do que na primeira edição, o que representa um maior entendimento dos lojistas quanto à proposta da plataforma.
“A moda passou do 26º para o terceiro lugar no ranking de vendas pela internet em todo o País”, justifica Débora. A mídia gratuita das redes sociais, como o Facebook e o Orkut, é uma das formas de captar os consumidores da internet sem necessariamente ter uma página de e-commerce. Também o e-marketing é uma maneira de divulgar os produtos aos clientes que frequentam a loja física. “As vitrines virtuais, montadas em sites, são outro meio para os comerciantes de moda divulgarem novidades”, destaca, lembrando que estas ações iniciais são experiências que tendem a preparar o lojista a partir futuramente para o e-commerce.
Este movimento não significa que os espaços físicos têm data de validade, mas que as compras online têm crescido, e que é preciso aproveitar este nicho. De acordo com a consultora, a maioria dos consumidores virtuais ainda é de classe A ou B e possui entre 45 a 50 anos. Entre as novas tendências para as lojas físicas, as vitrines interativas são uma forma de chamar a atenção de quem passa.