{{channel}}
Randon compra fabricante de semirreboques em Chapecó
A Randon, de Caxias do Sul, assume a partir desta terça-feira o controle acionário da empresa Folle Indústria de Implementos Rodoviários, de Chapecó (SC), fabricante de semirreboques. A transação, que integra a estratégia de crescimento da organização caxiense e planeja duplicar seu faturamento em cinco anos, foi oficializada na segunda-feira. O diretor-presidente das Empresas Randon, David Randon, fará o anúncio oficial do plano de expansão da companhia nesta terça-feira.
De acordo com o diretor-vice-presidente de Operações, Erino Tonon, um dos objetivos da Randon é estar cada vez mais próximo do mercado consumidor. Neste sentido, explica que é preciso continuar investindo na ampliação da capacidade e na linha de produtos por meio de aquisições ou projetos de crescimento orgânico. "Esta compra está alinhada com nossa estratégia de destinar investimentos para o fortalecimento de segmentos específicos, em polos regionais, visando a consolidar ainda mais a presença do grupo no mercado doméstico." Santa Catarina, por exemplo, consome cerca de 30% de toda a produção nacional de semirreboques frigoríficos, foco de atuação da empresa adquirida.
Com cerca de 60 funcionários e faturamento, em 2010, de R$ 25 milhões, a Folle é uma empresa com capacidade para fabricar 30 unidades/mês. A Randon, com o enquadramento dos programas de desenvolvimento do governo de Santa Catarina e da cidade de Chapecó, planeja aplicar R$ 100 milhões em investimentos para a aquisição, ampliação de capacidade e modernização da nova unidade, atingindo 400 empregos e receita anual na ordem de R$ 350 milhões no horizonte de até cinco anos.
A Randon acumula até setembro receita líquida consolidada de R$ 3,122 bilhões, em alta de 16,3% sobre igual período do ano passado. O valor bruto se aproxima dos R$ 4,8 bilhões.
Miolo finaliza processo de fusão iniciado após ingresso de Randon e Lovara
O grupo Miolo concluiu a operação de fusão iniciada em outubro de 2009, a partir da aquisição conjunta da Vinícola Almadén com as famílias Randon e Lovara. Para controlar todos os empreendimentos do grupo, reunindo participações das famílias Miolo, Randon e Benedetti/Tecchio, foi criada a Miolo Wines S.A. O grupo, de capital fechado, integrará quatro empresas de produção em três regiões brasileiras: Vinícola Miolo (Vale dos Vinhedos/RS), Projeto Seival Estate e Vinícola Almadén (Campanha/RS) e Vinícola Ouro Verde (Vale do São Francisco/BA), além da comercializadora Miolo Wine Group.
A família Miolo permanece com o controle acionário do grupo. A família Randon e a Lovara ingressam como sócios estratégicos. Raul Randon é fundador das empresas Randon. Já a Lovara, de propriedade das famílias Benedetti/Tecchio, é parceira da Miolo desde a aquisição da Vinícola Ouro Verde, em 2000.
Conforme Adriano Miolo, superintendente do grupo, a fusão propiciará uma série de sinergias nas questões financeira, tributária, de produção, de mercado e de portfólio. "O grupo contará com três marcas fortes: a Miolo fortalecerá seu conceito de marca de vinhos premium. A Terranova, com conceito jovem e inovador. A marca Almadén será potencializada no seu conceito de excelente relação custo-benefício", afirma.
Segundo comunicado divulgado pelo grupo, o novo modelo também impulsionará a empresa a dar continuidade à sua trajetória de crescimento ocorrido na última década. Antes do ano 2000, a Miolo faturava menos de R$ 1 milhão e chegou em 2010 com faturamento de 100 milhões. O faturamento previsto para 2011 deve atingir R$ 120 milhões. O grupo projeta chegar em 2020 com faturamento anual de R$ 500 milhões.
Atualmente, o novo grupo possui 1,2 mil hectares de vinhedos próprios, produção de 12 milhões de litros de vinhos finos e espumantes e 300 mil litros de brandy, além de um quadro de 650 funcionários diretos. Em oito anos, a empresa projeta elaborar e comercializar, por ano, 20 milhões de litros de vinhos finos e espumantes, 1 milhão de litros de brandy e possuir 2 mil hectares de vinhedos próprios.
Com a fusão, a empresa avalia que se torna mais forte e preparada para atender ao promissor mercado brasileiro, mas também ampliar participação internacional. Atualmente os produtos Miolo são exportados para mais de 30 países e um dos objetivos é chegar em 2020 com 30% da produção destinada ao exterior.