Renner planeja expansão da rede em mais 26 lojas

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Com crescimento expressivo da receita líquida em 18,4%, a Lojas Renner S.A. obteve incremento de R$ 1, 267 bilhão no segundo trimestre deste ano e planejam expansão da rede, passando das atuais 172 lojas para 198 até o final de 2011. “Apesar de toda a incerteza que existe no mercado externo, devido à situação econômica dos Estados Unidos e Europa, estamos confiantes de que o Brasil irá passar, mais uma vez, positivamente pela crise”, declara o diretor de Relações com Investidores do grupo, Adalberto Santos. Prova disso, é que a rede está confirmando o plano de expansão para as lojas tradicionais da Renner, atualmente com 144 unidades, e também da marca Camicado, que já soma 28 operações, além da implementação de três lojas pilotos da Blue Steel. 
Com investimentos voltados para a abertura de mais três lojas Camicado ainda este ano, a rampa de crescimento da marca se acentuará em 2012, quando em meio às ações de melhorias da operação, devem ser inauguradas entre cindo e dez novas lojas. “Depois deste período, a ideia é acelerar o processo de expansão, até atingirmos 101 lojas Camicado em cinco anos de operação”, destaca Santos. Segundo ele, a segunda marca do grupo acrescenta 5% das áreas de vendas, “um dado bastante importante do varejo e no crescimento médio calculado para os próximos cinco anos”. O executivo explica que a Camicado potencializa o grupo, à medida que se sai de um crescimento de 13% para 15% de área de venda. “É claro que esperamos uma convergência de margens no futuro”, completa.
As vendas da rede em mercadorias alcançaram R$ 749,7 milhões no segundo trimestre deste ano, com crescimento de 19% em relação ao mesmo período de 2010. Na Renner especificamente, as baixas temperaturas e a boa aceitação das coleções de outono-inverno contribuíram para a performance atingida, com vendas em mesmas lojas inflando 9,8% no período. “É um crescimento baseado nas melhorias das operações, nas diversas regiões do País”, diz Santos, lembrando que o Brasil é um território cujas regiões possuem características bastante específicas, e ajustar a operação para atender os diferentes públicos torna-se bastante desafiador.
A margem bruta das operações combinadas de varejo da rede manteve o percentual de 53,9% no segundo trimestre do ano, com uma pequena redução de 0,1 ponto percentual no semestre, chegando a 53,5%, devido à consolidação da Camicado. Com isso, a geração de caixa (Ebitda) total da companhia foi de R$ 179,7 milhões no segundo trimestre deste ano, sendo R$ 147,6 milhões advindos da operação de varejo e de R$ 32,1 milhões dos serviços financeiros, que obtiveram alta de 30%. O lucro líquido consolidado, no período foi de R$ 113,5 milhões, registrando um incremento de 24,8% em relação ao segundo trimestre de 2010.
“Os resultados são excepcionais, porque apesar do cenário macroeconômico ter sido favorável no primeiro trimestre, houveram situações peculiares, como a alta do preço do algodão, a alta base de crescimento do período anterior, a consolidação da Camicado e as perdas gerais administrativas foram fatores que exigiram maior empenho”, avalia o diretor de Relações com Investidores. Para ele, tanto as operações de varejo, quanto as de produtos financeiros vão muito bem para a empresa, mesmo em um cenário com preocupações relativas com inadimplência, que por sinal registrou novamente queda entre os clientes da marca. Isto reflete as melhorias da operação, com mas acertividade do crédito, entre uma série de medidas realizadas nos últimos cinco anos, destaca Santos.
No primeiro semestre deste ano, foram abertas nove unidades das lojas Renner. Desde maio, a companhia investiu R$ 64,3 milhões, principalmente na abertura de estabelecimentos, na remodelação de instalações e em sistemas e equipamentos de tecnologia. O total de investimentos no primeiro semestre deste ano foi de R$ 88,3 milhões.