Cesta básica registra alta de 7,85% na Capital

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Porto Alegre registrou em março o maior valor para a cesta básica (R$ 257,07), com um total próximo do apurado para São Paulo (R$ 253,74). O terceiro maior custo ocorreu no Rio de Janeiro (R$ 240,22). Os dados foram levantados através da Pesquisa Nacional da Cesta Básica, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo o estudo, os gêneros alimentícios essenciais registraram aumentos expressivos em todas as 17 capitais brasileiras, em relação a fevereiro deste ano. Os menores valores foram verificados em Aracaju (R$ 181,70) e Fortaleza (R$ 182,43).
Apesar de seguir como a mais cara, a cesta básica de Porto Alegre registrou alta de 7,80%, sendo superada por outras seis localidades. Cidades como São Paulo (10,49%), Recife (9,74%), João Pessoa (9,49%) e Brasília (9,00%) apresentaram os índices mais elevados na pesquisa, enquanto as menores variações ocorreram em Natal (2,91%), Fortaleza (3,13%), Manaus (3,31%) e Vitória (3,33%). Na avaliação mensal, em relação a fevereiro de 2010, oito produtos estão mais caros em todo o Brasil, com destaque para o tomate (58,82%) e a banana (13,79%). O arroz e o feijão foram os produtos que registraram maior queda, com variações de -5,42% e -3,49% respectivamente.
Nos 12 meses, a cesta registrou alta de 7,68% em Porto Alegre, com elevação do valor de nove produtos. Ficou mais caro comprar açúcar (67,81%), tomate (53,99%), batata (31,17%), manteiga (16%), leite (12,08%), banana (1,90%), carne (1,82%), arroz (1,59%) e café (1,46%). Em compensação, o feijão (-29,83%), a farinha (-13,12%), o óleo  (-2,66%) e o pão (-1,54%) estão mais baratos. O Dieese estima mensalmente o valor do salário-mínimo necessário para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, conforme a determinação constitucional.
Levando em consideração este parâmetro, em março, o menor salário pago no País deveria ficar em R$ 2.159,65, o que corresponde a 4,23 vezes o mínimo vigente de R$ 510,00. O valor da cesta básica representou 54,79% do salário-mínimo líquido, sendo necessário que o trabalhador com rendimento de R$ 510,00 cumprisse uma jornada de 110h e 54min para adquirir os bens alimentícios básicos em março.