Zattera diz que a Agrale vai crescer neste ano

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A Agrale, de Caxias do Sul, apurou receita bruta de R$ 613 milhões no ano passado, com queda de 26% na comparação com o balanço de 2008, que superou os R$ 830 milhões. Nas vendas domésticas o recuo foi de 25%, para R$ 540 milhões, e nas exportações, 38%, que ficaram em R$ 73 milhões. De acordo com Hugo Zattera, diretor-presidente, parte da redução nos negócios com o exterior é resultado do início das operações da fábrica de Mercedes, na Argentina, que passou a abastecer aquele mercado. A receita líquida foi de R$ 497 milhões, 30% abaixo da consolidada em 2008.

A montadora gaúcha produziu 5.188 veículos entre utilitários, caminhões e chassis para ônibus, número 42% inferior ao apurado em 2008. No segmento de tratores agrícolas, a queda foi de 20%, para 1.455 unidades.

O mercado interno absorveu 4.592 veículos, declínio de 32%, e 1.625 tratores, alta de 1,3%, basicamente em função do programa federal Mais Alimentos. No exterior foram vendidas 679 unidades dentre utilitários, ônibus e caminhões, recuo de 68%, e 19 tratores, queda de 58%.

Em decorrência do desempenho negativo nas vendas, a Agrale fechou o ano passado com prejuízo de R$ 6,9 milhões ante o lucro de R$ 33,8 milhões do exercício de 2008. A empresa reduziu seus investimentos em 30%, para R$ 11,5 milhões, e o quadro funcional para 1.481 trabalhadores, queda de 12%.

A perspectiva de Zattera é positiva para este ano. Segundo ele, o primeiro trimestre foi de aumento na demanda interna e de percepção de que o consumidor está mais confiante. No primeiro bimestre a montadora produziu 746 veículos, dos quais 630 ônibus, seu principal negócio. Apenas 36 unidades foram exportadas e 734 colocadas no mercado doméstico. A expectativa é de produzir 7,2 mil veículos no ano.