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Daniela Mercury vai exaltar a cultura e o povo brasileiro em show no Araújo Vianna
Em show neste sábado (4) em Porto Alegre, Daniela Mercury reunirá sucessos e músicas de seu recente álbum, 'Baiana'
De volta a Porto Alegre, depois de mais de uma década, a cantora Daniela Mercury faz show no Auditório Araújo Vianna (av. Osvaldo Aranha, 685) neste sábado (4), às 21h. Reunindo sucessos e músicas de seu último álbum, Baiana (2022), a "rainha do axé" irá apresentar um espetáculo que exalta suas raízes, a cultura, a história e a democracia brasileira. Os ingressos custam entre R$ 80,00 e R$ 440,00 e estão à venda pela plataforma Sympla.
"Todas as minhas músicas buscam empoderar e exaltar a cultura brasileira e o nosso povo. Tento pontuar o que temos de bom. Acho que a gente precisa celebrar nossas qualidades e deixar de ser tão duros com nós mesmos", afirma a dona de hits como O canto da cidade e Nobre vagabundo. Bailarina profissional (formada pela Royal Academy of Ballet de Londres), a cantora e compositora baiana que inseriu danças afro e contemporâneas nos palcos do Brasil e do mundo garante que irá promover um "showzaço" em Porto Alegre. "O show é bem completo, todo coreografado e com um cenário lindo, com obras de vários artistas, a exemplo de Jeane Terra e J. Cunha."
Ao todo, o repertório contará com mais de 30 músicas, adianta a cantora. "O roteiro foi todo pautado: sempre insiro grandes sucessos de carreira e vou alternando com canções novas, como as do último álbum. O difícil é colocar tudo de tantos álbuns em um só show, por isso vou variando a cada cidade", comenta. Somando quatro décadas de trajetória, a artista comemora - além de sua jornada nos palcos, a gravação de 23 álbuns, sete DVDs, vários hits e diversos troféus (como o Grammy Latino, o Prêmio Tim de Música e o Prêmio Multishow) - também o aniversário de 30 anos de seu primeiro disco, O canto da cidade (1992). O sucesso nacional da cantora, ampliado pela conquista do mercado exterior, foi o que solidificou o axé como gênero musical do Brasil.
Passado todo este tempo, Daniela afirma que segue sendo "a mesma pessoa, com as mesmas inquietações" do início de sua carreira. "Neste perído, vi o nosso País avançar em muitos aspectos e retroceder em tantos outros. Hoje me vejo tendo que chamar atenção para as mesmas questões (que envolvem a luta pela democracia) que eu tocava no início dos anos 1990", destaca. Questões sociais e políticas, inclusive, fazem parte das canções do novo álbum, que também faz um aparato da vida da cantora, desde sua infância em sua cidade natal, Salvador.
Para Baiana, além do repertório autoral, escrito por Daniela individualmente (no período de isolamento por conta da pandemia de Covid-19) ou com parceiros como Jaguar Andrade, Mikael Mutti, entre outros, a artista foi em busca de material produzido por jovens autores nordestinos, como o pernambucano Martins, que assina duas canções, e Posada, que, apesar da origem sueca, também foi criado em Pernambuco. No show deste sábado, ela faz, ainda, uma homenagem ao centenário da Semana de Arte Moderna, com a canção Macunaíma, uma fusão de galope com kuduro com texto de Zé Celso Martinez Corrêa e Fernando de Carvalho. "Essa música é uma celebração, uma festa; é pura alegria que cura!", pontua.
"Entre o primeiro e último álbum, o que converge são os ritmos: o frevo, o samba e o reggae, que são as bases de O canto da cidade, e aparecem agora em Soteropolitanamente na moral", compara a cantora. "Já o que difere é são as composições, que chegam mais íntimas, enquanto os primeiros álbuns falavam de coletivo." Daniela avalia que a sonoridade das músicas do novo álbum se conecta "com a percepção de uma cantora com 40 anos de carreira, falando de uma menina que gerou essa artista, que foi para o mundo mas nunca perdeu a relação com seu País, com sua família e com seu povo."
Para o espetáculo deste sábado, a artista promete uma boa dose de emoção (com homenagens a Gal Costa, Zé Celso e Rita Lee), alegria e muita dança. Responsável pela maioria das coreografias do show, ela também fez questão de acompanhar de perto a direção de todo o processo de Baiana, show que ela faz acompanhada de sete músicos e quatro bailarinos.