Spotify paga cada vez mais royalties por streaming a cada ano

Desde que foi criado, em 2006, até o ano passado, o serviço de streaming restituiu quase US$ 40 bilhões para a indústria da música no mundo

Por JC

(FILES) This file illustration taken on April 19, 2018 shows the logo of online streaming music service Spotify displayed on a tablet screen in Paris. - Swedish music streaming giant Spotify announced Thursday its latest purchase in its quest to diversify, with the takeover of audiobook distributor Findaway. Launched in 2005, Findaway bills itself as having the largest catalogue of audiobooks in the world, and works as a wholesaler with major companies such as Apple, Google and Amazon's Audible.
Estudo do site Loud & Clear compartilhado nesta sexta-feira (4) conclui que o Spotify remunera cada vez mais royalties ao longo dos anos, levando receitas e crescimento sem precedentes para os detentores de direitos de artistas e compositores. Desde que foi criado, em 2006, até o ano passado, o serviço de streaming pagou quase US$ 40 bilhões para a indústria da música no mundo, incluindo os royalties por gravação e por publicação.

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Segundo o levantamento, em 2022, o Spotify ajudou a produzir mais de 20% de toda receita gerada por gravações de músicas no mundo todo, um salto em relação a 2017, quando essa porcentagem era menor que 15%. Pela primeira vez, 10,1 mil artistas de 100 países geraram pelo menos US$ 100 mil na plataforma. Há 5 anos, esse número era de apenas 4,3 mil.
Isso significa que o streaming facilitou a entrada dos artistas nas estatísticas, que antes tinham dificuldade em conseguir oportunidades e agora estão encontrando novos públicos. O streaming mudou o ecossistema da indústria, reduzindo as barreiras para os músicos e democratizando o acesso à música para ouvintes de todas as partes. Os artistas não precisam mais de um orçamento enorme para criar, distribuir e compartilhar a arte deles com o mundo.
Entretanto, a pesquisa conclui que o Spotify não paga artistas ou compositores diretamente, pois quase 70% dessa receita retorna em royalties para os detentores de direitos – gravadoras, produtores, distribuidores independentes, organizações de direitos autorais de execução pública e instituições de arrecadação –, que então repassam esses valores de acordo com seus contratos.
O Spotify está disponível em 184 mercados, o que ajuda os músicos a conquistar novos fãs. Dos 57 mil artistas que geraram mais de US$ 10 mil em 2022, quase 20 mil deles vivem em países fora dos 10 principais mercados da música da IFPI (Alemanha, Austrália, Canadá, China, Coreia do Sul, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido). Atualmente, a plataforma tem duas fontes de receita com música: tarifas de assinatura do Premium e taxas pagas pelos anunciantes no serviço gratuito.