Descanso para melhorar a produtividade

Por JC

A eficiência do descanso proativo foi comprovada em uma pesquisa da consultoria norte-americana Gartner
Em meio às diferentes iniciativas tomadas pelos RHs das empresas, seguindo uma tendência recente de melhorar o bem-estar dos funcionários, o chamado descanso proativo (ou intencional) tem mostrado bons resultados. Ao passo em que as companhias têm registrado casos de esgotamento ou até mesmo burnout entre seus funcionários, a ideia de garantir algumas paradas em pleno horário de trabalho ganha espaço.
A eficiência do descanso proativo foi comprovada em uma pesquisa da consultoria norte-americana Gartner, uma das maiores do mundo no ramo. A Gartner partiu de uma crença equivocada identificada em 243 líderes de RH nos Estados Unidos. Segundo a consultoria, 77% desses líderes disseram acreditar que os funcionários de alto desempenho trabalhavam mais horas do que a média.
Os pesquisadores da Gartner foram atrás de confirmações para essa crença e concluíram que não existe uma correlação consistente entre o desempenho e o número de horas trabalhadas. “Mais horas trabalhadas não significam mais resultados”, afirmou o vice-presidente de consultoria na prática de RH da Gartner, Brent Cassell.
Como exemplos de aplicação do descanso proativo, a consultoria Gartner sugere a implantação de sextas-feiras sem reuniões, alocação de tempo específico para bem-estar durante o expediente e antes de períodos de trabalho de alta demanda.
Foi então que surgiu a proposta do descanso proativo. “As organizações devem repensar a forma como abordam o descanso, que deve ser incorporado no fluxo de trabalho para evitar o esgotamento, em vez de ser usado para recuperá-lo”, explicou Cassell. Os analistas da Gartner trabalharam em cima da ideia e apontaram três alicerces que as empresas devem construir para sustentar a iniciativa:
1- Disponibilidade de um conjunto robusto de opções que os funcionários podem usar para descansar.
2- Acessibilidade às ferramentas e recursos disponíveis, além de incentivo para que os colaboradores descansem sem culpa.
3- Uso de ferramentas de descanso que atendam às necessidades individuais dos funcionários.
O resultado obtido pela aplicação do descanso proativo foi uma melhora de 26% no desempenho dos colaboradores. Já o número de trabalhadores esgotados desabou após a consolidação de ferramentas de descanso proativo. De 22% dos funcionários esgotados em uma corporação sem a iniciativa, o percentual caiu para 2% em organizações com estratégias proativas de descanso em vigor. Em um momento em que lideranças têm se preocupado com a carga de trabalho sobre os colaboradores, o descanso proativo surge como uma alternativa de eficácia comprovada.
CIEE-RS