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Burnout em início de carreira: como evitar?
Quem está no começo da carreira vive um período de muitas dúvidas e emoções, e, diante da vontade de se desenvolver e se tornar um profissional respeitado, fica suscetível a estender horários ou abraçar demandas fora de suas competências, por exemplo. Mas é preciso ficar atento porque tarefas extras acumuladas podem resultar até na chamada Síndrome de Burnout, um fenômeno que já tem alcançado os mais jovens no mercado.
Essa síndrome passou a ser considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma doença do trabalho no ano passado. Antes tratada como um problema de saúde mental, ganhou nova classificação como “estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso”. Alguns sintomas listados pela OMS são sensação de esgotamento, sentimentos negativos relacionados ao trabalho e eficácia profissional reduzida.
No mundo todo, casos de burnout são registrados em todos os níveis hierárquicos, e no Brasil não é diferente. Há inúmeros artigos científicos recentes que descrevem evidências de jovens que sofreram da síndrome no Brasil, em áreas como enfermagem, medicina, direito e fisioterapia, para citar somente alguns exemplos.
O estágio é um ato educativo, por isso a cobrança não pode ser igual a de um colaborador sênior.
De acordo com a coordenadora de Operações de Estágios do CIEE-RS, Camille Müller da Luz Maciel, o estágio visa preparar o jovem para o mercado de trabalho, fazer com que adquira conhecimento prático das funções e desenvolva novas habilidades. Por isso, reforça, é essencial que as atividades que serão exercidas pelo estagiário estejam de acordo com o seu curso e não superem a carga horária máxima de 30 horas semanais ou seis horas diárias.
O CIEE-RS orienta as empresas e os estudantes para que sejam cumpridas as atividades que estão no Termo de Compromisso e na legislação do estágio. “Deve ser sempre respeitado o contrato. Nele vão constar as atividades do estagiário”, afirma Camille.
Atualmente, há dezenas de estagiários atuando dentro do CIEE-RS, e algumas medidas práticas em relação a eles envolvem não realizar tarefas que excedam a responsabilidade do cargo nem cobrar por uma entrega tão imediata quanto a de colaboradores mais experientes. Com orientação e delimitação clara das atividades, o estagiário ganha segurança para potencializar a sua formação em meio à jornada educacional e, no futuro, se tornar um profissional que contribua com a companhia para a qual atuará.
CIEE-RS