O prazer entre pincéis e animais

Laíza Froes Scaf cita Raul Seixas para se definir, segundo ela a busca de algo indefinido em termos pessoais e de arte, é o que melhor lhe define. A descoberta da pintura foi por acaso. Foi recomendada a fazer aulas com aquela que considera muito mais que mestra, mas uma grande amiga, Lú Borghetti. Laíza afirma que Lú a iniciou num mundo novo e deslumbrante, que permitiu que se tornasse realmente uma artista plástica. Anteriormente, sua timidez artística limitava seu trabalho à restauração de móveis e de portas de madeira de demolição. O máximo que arriscava era lastreada em seu curso de Artes Decorativas de Malu Soeiro e o de pintura acrílica sobre madeira com o uruguaio Simon Martines, em Punta del Este. Ela acredita ter a veia artística da mãe, a bailarina e coreógrafa Lia Froes. O imenso amor pelos animais cristalizou-se na fundação do Gabea - Grupo de Apoio ao Bem- Estar Animal, que presidiu durante seis anos. Nesta entidade, ela e suas parceiras puderam  dar dignidade aos animais recolhidos na rua, fazendo dezenas de projetos, revolucionando os processos de arrecadação de recursos e envolvendo  personalidades marcantes da cidade e obtendo importantes conquistas políticas no campo legislativo: “Gosto de pensar que encaminhei pessoalmente o olhar de artistas e políticos para a adoção de animais de rua”. Abandonou institucionalmente este trabalho, com o nascimento do filho Gibran, mas está cercada por muitos gatos e cães de rua que acolheu em sua casa. O projeto futuro: pintar, pintar, pintar e continuar expondo seu trabalho como neste ano, em três cidades do Leste europeu e em um restaurante em Nova Iorque.