Mais do que nunca, vale para Brasília aquela máxima: o ano começa depois do carnaval. Deputados e senadores buscando recuperar o período estendido de recesso começam a redefinir prioridades de votações no Congresso Nacional. Como temos publicado, entre as prioridades estão a Medida Provisória que reonera a folha de pagamento dos 17 setores que mais empregam na economia brasileira e a conclusão da Reforma Tributária. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), continua sob forte pressão para devolver o texto da reoneração, que tem validade a partir de primeiro de abril.
Mais do que nunca, vale para Brasília aquela máxima: o ano começa depois do carnaval. Deputados e senadores buscando recuperar o período estendido de recesso começam a redefinir prioridades de votações no Congresso Nacional. Como temos publicado, entre as prioridades estão a Medida Provisória que reonera a folha de pagamento dos 17 setores que mais empregam na economia brasileira e a conclusão da Reforma Tributária. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), continua sob forte pressão para devolver o texto da reoneração, que tem validade a partir de primeiro de abril.
Empresários 'injustiçados'
A equipe econômica do governo federal trabalhou, inclusive, durante o recesso, buscando uma alternativa aos parlamentares. Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) continua num esforço enorme tentando convencer deputados e senadores a pôr fim ao benefício aos 17 setores da economia, que se sentem "prejudicados e injustiçados" pelas decisões do governo. Por enquanto, sem muito sucesso de uma solução que atenda à equipe do ministro.
Benefício escalonado
Avaliando a dificuldade de mudar o que querem a Câmara de Deputados e o Senado Federal, inclusive no que diz respeito à reoneração, a equipe econômica, meio sem alternativa, já concordou em tratar do tema através de projeto de lei, em vez de Medida Provisória. Entretanto, o ministro da Fazenda Fernando Haddad vai insistir para que o benefício seja escalonado, de forma gradual, e não até 2027, como está contido no texto inicial já aprovado pelos parlamentares. Empresários que estiveram em Brasília para pressionar os congressistas antes do carnaval prometem retornar, agora, com mais elementos para buscar uma definição a seu favor.
Crise desnecessária
Esta semana, no retorno de sua viagem ao Egito, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se referiu às ações de Israel, na Faixa de Gaza, como genocídio e chacina contra os civis palestinos. Ele comparou, falando de improviso — quando o desastre é esperado — o que ocorre em Gaza com o Holocausto nazista. O ministro de Relações Exteriores israelense, Israel Katz, afirmou que "o presidente Lula é pessoa indesejável, em Israel, até que peça desculpas pela fala, comparando o Holocausto às ações militares da faixa de Gaza". Lula poderia voltar sem buscar mais uma crise.
Lula 'indesejável' em Israel
O chanceler afirmou ainda que a comparação do presidente Lula, "entre a guerra justa de Israel, contra o Hamas, e as ações de Hitler dos nazistas que exterminaram seis milhões de judeus, é um grave ataque antissemita, que profana a memória daqueles que morreram no Holocausto". Disse que o povo israelense não vai esquecer que Lula é uma pessoa indesejável em Israel, até que o presidente brasileiro se retrate e peça desculpas.
Negociação com o Congresso
De volta ao Brasil após os improvisos, o presidente Lula vai intensificar suas reuniões com líderes partidários. Ele deve assumir, outra vez, pessoalmente, a negociação política para defender as pautas de interesse do governo no Congresso Nacional. O Palácio do Planalto precisa melhorar muito a articulação política depois do veto da emenda de comissão que deixou os parlamentares irritados e as lideranças do Centrão "indignadas".