{{channel}}
Projeto de combate às desigualdades gera polêmica
Texto base prevê o mês de agosto como o de combate às desigualdades
A Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta quinta-feira, após horas de intensas discussões e acusações, o texto base de um projeto que prevê o mês de agosto como o de combate às desigualdades. O autor da proposta, deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP), foi duramente criticado por diversos parlamentares, entre eles, os gaúchos Marcel van Hattem (Novo), Luciano Zucco (Republicanos) e Bibo Nunes (PL), Marcos Pollon, (PL-MS) e Professor Paulo Fernando (Republicanos-DF).
Eleições municipais
As críticas tinham como alvo principal o autor do projeto, Guilherme Boulos (foto), por ser candidato a prefeito de São Paulo, com apoio do PT. Parlamentares argumentaram que ele quer se beneficiar do projeto de lei para sua candidatura à prefeitura paulista. As batalhas pelas eleições municipais começaram mais cedo no Parlamento.
Questão de ordem
O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que presidia a sessão, foi alvo de "disparos de diversos calibres", até mesmo de seus companheiros da bancada evangélica, tendo que se defender a cada momento. "Questão de ordem" e "consulta ao regimento interno" era o que mais se ouvia durante as discussões e as tentativas, mesmo que veladas, de obstruir a votação.
Bancada evangélica
O coordenador da bancada evangélica, deputado Eli Borges (PL-TO), fez várias intervenções questionando o projeto. Cobrou detalhamento de quais desigualdades seriam abordadas na campanha de conscientização proposta. Argumentou que se tratava de "caminho para política de governo de gênero no Brasil".
Monstro mitológico
O Professor Paulo Fernando, que tem recebido elogios dos parlamentares, entre eles do gaúcho Marcel van Hattem, por sua atuação e conteúdo em plenário, classificou o projeto como "Quimera: monstro mitológico com cabeça de leão, corpo de cabra e cauda de serpente".
Bancada feminina
Os debates sempre acalorados, com críticas fortes ao projeto, eram sustentados pelos deputados de oposição. De outro lado, na defesa da proposta de Boulos, estava principalmente o PSOL, com sua bancada feminina atuando fortemente, tendo à frente a deputada fluminense Jandira Feghali. Parlamentares questionaram a ausência de grande parte dos deputados do PT. Erika Kokay (PT-DF), uma presença constante no plenário e na tribuna, defendeu o projeto com várias intervenções.
Dino não vai à comissão
Alegando ser alvo de ameaças de parlamentares, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), não compareceu pela terceira vez à Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados. Ele sugeriu novamente uma comissão geral no plenário da Câmara.