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Contradições do modelo econômico
"Os impasses em torno da reforma tributária estão mais ligados a questões pessoais, do que ao interesse público", afirmou o senador Omar Aziz (PSD-AM), em conversa com empresários integrantes do Grupo de Líderes Empresariais de Brasília (Lide), presidido pelo ex-governador e presidente regional do Partido Social Democrático (PSD), Paulo Octávio. Nascido em São Paulo, mas com estilo gaúcho de falar, talvez pelo tempo que morou com os pais, em Cacequi, no Rio Grande do Sul, o senador eleito pelo Amazonas, salientou, sem meias palavras, que "é hora de deixar as picuinhas de lado e fazer leis para beneficiar a Nação".
Congresso sem retoques
Vários impasses existentes, hoje, no Congresso Nacional foram mostrados pelo presidente da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado, Omar Aziz (foto). O senador pontuou ao Repórter Brasília que "se você perguntar a todos os 513 deputados e aos 81 senadores, se são a favor da reforma tributária, todos são. Então, por que que ela não sai? Se você perguntar se querem acabar com a fome, todo mundo vai dizer que sim. O que está faltando para que um País como o nosso retome o crescimento e possa gerar emprego e renda? Falta pensar no interesse público".
Situação de risco
"O Brasil está em situação de risco, com mais de 30 milhões de pessoas que não conseguem comer três refeições." E questiona: "Isso é culpa de quem? Nossa", avaliou identificando a raiz do problema. "Não se fazem leis que beneficiam mais as pessoas." E comparou: "um País como o nosso tem o mesmo número, praticamente, da Etiópia, passando fome. Etiópia tem uma população de 120 milhões de habitantes, e tem em torno de 13 milhões de pessoas passando fome. A população do Brasil é o dobro, mas também tem o dobro de pessoas numa situação crítica de fome".
Deixar as 'picuinhas' de lado
"Muita gente não passou por nada, não viu nada, e acha que o empresário é rico, mas não trabalhou, não se sacrificou, não se esforçou. Demonizam o político e o empresário. Na verdade, se nos unirmos, vamos gerar emprego e renda e melhorar a qualidade de vida do brasileiro. Devemos deixar as picuinhas de lado", argumentou o parlamentar.
Reforma tributária equilibrada
Na avaliação de Omar Aziz, "com as regras do arcabouço fiscal definidas, o governo agora tem um balizador para gastar melhor. Isso dá credibilidade e segurança para quem quer investir, mas precisamos ter atenção à quebradeira que está havendo nos municípios", destacou, ao abordar a necessidade de uma reforma tributária mais equilibrada.
Próximos passos
Os próximos passos pelos caminhos tortuosos do Parlamento para o governo ter maioria, sem risco, nas votações, e a definição, esta semana, de quais ministérios serão ocupados pelo Republicanos e pelo Progressistas, uma novela que Lula está com dificuldades em escrever o último capítulo.
Eleições municipais
O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, que participou do encontro com os empresários, disse à coluna que "o melhor para o País é torcer para que o governo dê certo. Vivemos a expectativa da retomada do desenvolvimento e geração de empregos. Me identifico com aqueles que são otimistas e que acreditam num Brasil melhor. O foco do partido, agora, é a seleção de bons candidatos para as eleições municipais".