Simon e a reeleição

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O PMDB nacional está entusiasmado com o anúncio do senador Pedro Simon (PMDB) de concorrer a mais um mandato como senador. O partido continua a ter uma forte probabilidade de ter a maior bancada no Senado, mas também havia a tendência de o número de senadores peemedebistas não aumentar. Com o anúncio da candidatura de Simon, a possibilidade de ficar com mais um senador aumenta. São 14 senadores peemedebistas que ainda não terminaram o mandato. A sigla espera que seis ou sete sejam eleitos agora em 2014. “O que a gente mais queria era ter uma vaga para o Senado no Rio Grande do Sul. Como surgiu a possibilidade, foi a coisa certa a se fazer”, afirmou o vice-presidente do PMDB, senador Valdir Raupp.
Mudança de decisão
Apesar de ter dito que não iria tentar uma reeleição, o senador Pedro Simon anunciou que irá se candidatar a mais um mandato no Senado. Ele assume a posição deixada vaga por Beto Albuquerque, que foi ser vice na chapa de Marina Silva (PSB). O convite foi feito por lideranças partidárias no domingo. Com isso, o PMDB gaúcho terá candidatos a todos os cargos nas eleições de 2014. “Houve uma convergência dos oito partidos da coligação para o nome do senador Pedro Simon”, afirmou o candidato peemedebista ao Piratini, José Ivo Sartori.  Antes do anúncio, o nome de Simon era praticamente descartado pelos outros peemedebistas, que acreditavam que o senador não iria tentar um novo mandato. O nome mais cotado para assumir a candidatura era do ex-governador Germano Rigotto (PMDB).
Compensa pelo apoio
O PSB acabou ficando sem disputar nenhum cargo majoritário nas eleições no Rio Grande do Sul. Mas os socialistas estão felizes com a candidatura de Pedro Simon. “O fato de nós termos ficado sem cargos compensou pelo apoio que ele deu a Marina Silva. Simon é afinado com ela e acreditamos que isso vai fortalecer as candidaturas tanto da Marina quanto de José Ivo Sartori”, afirmou o deputado federal José Stédile (PSB). Simon foi um dos maiores apoiadores de Marina Silva na construção de seu partido, a Rede Sustentabilidade. “Foi o timoneiro que juntou Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva”, afirmou Beto Albuquerque.
Convencer o partido
O anúncio de Simon deve embaralhar ainda mais a disputa para o Senado, hoje polarizada entre Lasier Martins (PDT) e Olívio Dutra (PT), que estavam praticamente sozinhos na corrida. Mas não deve fazer muito para convencer o partido a apostar em Marina Silva. A candidata que substitui Eduardo Campos enfrenta sérias resistências do PMDB gaúcho, principalmente pelo seu discurso ambientalista, que não agrada os peemedebistas.