Os 50 anos do BRDE

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Em meio a pedidos de comissões de inquérito, denúncias de enriquecimento ilícito, guerra das MPs, o Senado Federal desenvolveu uma agenda positiva, na tarde de ontem: Comemorou os 50 anos do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Ele foi criado em 1961 pelo então governador do Rio Grande do Sul Leonel Brizola, com apoio dos governadores Celso Ramos (SC) e Ney Braga (PR). Depois a ação do banco foi estendida para o Mato Grosso, hoje, Mato Grosso do Sul. Com investimentos de R$ 65 bilhões na indústria, na infraestrutura e também no pequeno agricultor nos quatro estados onde atua, o banco conta com apenas 527 empregados. Só em 2010 investiu R$ 1,8 bilhão.
O senador Paulo Paim (PT-RS), que presidiu a sessão solene, destacou a importância do BRDE e enalteceu o número de empregos criados pelo banco: 1,4 milhão. O autor do pedido de homenagem foi o senador Cacildo Maldaner (PMDB-SC) com assinatura dos senadores Paulo Paim, Ana Amélia (PP-RS) e Pedro Simon (PMDB-RS), além do apoio de senadores dos quatro estados. Maldaner, também ex-presidente da instituição, foi o primeiro a falar. Destacou o empreendedorismo do banco em favor do desenvolvimento regional.
Para a senadora Ana Amélia Lemos, o BRDE “tem contribuído para fortalecer nossa democracia, melhorar a qualidade de vida da população e está ajudando para o bom resultado do setor produtivo, tendo aberto 5,4 mil postos de trabalho”. Destacou que “os números mostram a realidade que esse agente financeiro representa para a região sul”. Lembrou que seu projeto 40/2011 prevê que “bancos cooperativos, cooperativas de crédito, instituições financeiras estaduais e agências de bancos de desenvolvimento oficiais possam ter acesso a recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador para concessão de crédito ao setor rural, o que vai aumentar ainda mais a atuação do BRDE”.
O presidente do BRDE, o catarinense Renato Vianna, destacou alguns episódios da instituição financeira. Em 2008, por exemplo, na crise imobiliária norte-americana, paralelamente Santa Catarina teve a explosão do gasoduto que praticamente parou a indústria catarinense. Foi criada uma linha de crédito emergencial com o Bndes para recuperação e criação de novos investimentos. Uma linha de financiamentos que, pela qualidade técnica, foi implementada depois pelo Bndes em socorro a outras comunidades atingidas por calamidades no País. Enfim, 50 anos de bons serviços ao Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul.
Parceria com a Alemanha
A Alemanha é o quarto maior parceiro comercial do Brasil, atrás dos Estados Unidos, China e Argentina. E o Brasil é o 23º destino das exportações alemãs e o 21º fornecedor da Alemanha. Em 2008, vendemos € 9,4 bilhões, na sua maior parte em minério de ferro, automóveis e subprodutos de soja. O Brasil comprou € 8,7 bilhões da Alemanha, principalmente máquinas, automóveis e produtos químicos primários. Entre os estados brasileiros, o Rio Grande do Sul é o quarto maior exportador para a Alemanha, vendendo US$ 617 milhões no mesmo ano. Os principais produtos comprados pela Alemanha são fumo, soja e calçados, afirmou o embaixador  Wilfried Grolig, na apresentação da nova Adida Cultural da Alemanha, Martina Hackelberg, que chegou há poucos dias em Brasília. Segundo o embaixador, seu país é a porta de entrada para a União Europeia. “Somos um centro econômico de negócios. No montante de € 80 bilhões do comércio bilateral entre Brasil e União Europeia, somos responsáveis por € 20,5 bilhões”, comemorou.