Caminho difícil de controlar

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Apesar de estar fumando menos, o brasileiro está mais gordo, mais sedentário e bebendo mais. Segundo pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde, enquanto o número de fumantes caiu, os casos de sobrepeso aumentaram.
“Essa questão da obesidade vem sendo detectada há muito tempo. A desnutrição está se tornando coisa do passado, está cada vez mais rara”, disse o deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS).
Terra, que é médico, vê um futuro trágico para o País se essa tendência continuar. “Nós vamos por um caminho que é difícil de controlar. A obesidade é uma coisa difícil de reduzir”, aponta. E, entre as poucas ações disponíveis, o deputado cita o esforço da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para reduzir componentes que fazem mal em alimentos industrializados, como o sódio e o açúcar.
Terra explica que das 13 causas de infarto, três estão listadas, que são a falta de exercício físico, a obesidade e o tabagismo. Mas faz um alerta. “O pior é beber muito. Depois vem fumar muito, depois vem o sedentarismo e por último, o sobrepeso. Apesar do alcoolismo não estar listado entre as causas de doenças do coração, causa várias outras condições”.
Na opinião do deputado, a ação é urgente. “Intervir no tipo e na qualidade da alimentação e promover a diminuição do consumo de álcool é algo muito positivo.”
Cobrança indevida
A Agência Nacional de Telecomunicações está preparando uma operação para fiscalizar as telefônicas fixas e detectar abusos na cobrança de chamadas. A ofensiva é resultado do volume cada vez maior de reclamações de consumidores por cobranças indevidas, que saltaram de 30% em 2006 para 59% no ano passado. “Já deveria ter sido feito”, afirma o deputado Alceu Moreira, do PMDB. Ele relata que já teve problemas com cobranças indevidas. “Já reclamei em relação a contas retardatárias, que chegaram com quatro meses de atraso, contas que vieram a mais, conta que veio depois do cancelamento da linha”. Segundo ele, os valores errados são pequenos para contestar na Justiça, mas geram um lucro imenso às teles. “O usuário é explorado de todas as formas. Tem vezes que você tem que fazer quatro, cinco ligações porque cai toda hora e ainda paga por isso”, diz. Na opinião do deputado, o consumidor paga muito por muito pouco. “O sistema tem falhas, é caríssimo, um dos mais caros do mundo, e não tem garantia de qualidade de serviço.”