Sessão solene Farroupilha

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O aniversário dos 174 anos da Revolução Farroupilha foi comemorado também na Câmara dos Deputados nesta segunda-feira atendendo à solicitação do deputado Professor Ruy Pauletti (PSDB). “Existe um Rio Grande do Sul maior do que a campanha, a gaita e o churrasco. Somos um povo que sabe superar a radicalização da disputa política, unificar a partir do respeito ao pluralismo, dialogar, respeitando as diferenças”, disse Ruy Pauletti. Representando os tradicionalistas gaúchos, o presidente da Confederação Brasileira da Tradição Gaúcha, Dorvilio Calderan, ressaltou que “manter a tradição no Rio Grande não é fácil, mas fora do Estado é muito mais difícil. As dificuldades são muitas, sejam elas econômicas, financeiras, de adaptação ou de convivência com culturas locais. Mas os líderes tradicionalistas, com amor à sua terra e às suas tradições, lutam para manter acesa essa chama da tradição e dos valores morais, éticos e de família, sem se esquecerem da liberdade, da igualdade e da humanidade”. A mesa foi composta pelo secretário da Transparência, Francisco Luçardo; o vice-prefeito de Caxias do Sul, Alceu Barbosa Velho; o presidente da Câmara dos Vereadores de Caxias do Sul, Nédio Eloi Frizzo; e o representante do governo do Estado em Brasília, Mário Nogueira. Música nativista e do folclore gaúcho também fizeram parte da solenidade. A soprano Cristina Sorrentino interpretou o hino nacional e o hino do Rio Grande. Já o cantor Waldomiro Maicá se encarregou pela música nativista. A comemoração continuou à noite em um jantar organizado em um CTG de Brasília.
Situação dramática
“No ano que vem, a situação da área da saúde será dramática. O governo Lula, que olhou tanto para o social, precisa responder mais aos anseios da área da saúde. Aliás, a outra área econômica (FHC) também gostava. Era uma luta para arrancar dinheiro”, ironizou o deputado Darcísio Perondi, em seu discurso na tarde de ontem.
Isenção no pedágio
Baseado no princípio constitucional do livre direito dos cidadãos de ir e vir, o deputado federal gaúcho Geraldinho (P-Sol) - suplente em exercício da deputada Luciana Genro - apresentou projeto de lei que vai incomodar as empresas que pretendem conseguir concessões de rodovias pedagiadas. O parlamentar gaúcho quer proibir a concessão de conservação, manutenção, ou melhoria de qualquer rodovia municipal, estadual ou federal, mediante pagamento de pedágio, que faça parte da malha rodoviária municipal, estadual ou federal, nos casos onde as rodovias façam à interligação de duas ou mais localidades, que não forem servidas por outra via de acesso gratuito. Pela proposta ficariam isentos todos os veículos emplacados no mesmo município de localização dos postos ou praças de cobrança; carros oficiais dos municípios, estados e da União; transporte escolar; entidades filantrópicas de assistência e transporte de pessoas portadoras de deficiência. “Considerando o percentual de veículos beneficiados por esta lei, cerca de 1%, e a atual arrecadação anual proveniente de concessões e permissões de rodovias - aproximadamente R$ 300 milhões - o impacto anual, a partir de 2010, seria de cerca de R$ 3 milhões anuais. Esta quantia, além de irrisória, poderá facilmente ser coberta pela reserva de recursos para proposições legislativas, constantes das leis orçamentárias anuais”, calcula Geraldinho.