Uma indústria naval nasce no Mercosul

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A exploração do petróleo brasileiro do pré-sal terá fortes reflexos na industrialização do Uruguai e da Argentina que, além de complementarem a indústria naval brasileira, que não terá condições de atender, sozinha, a demanda de navios de suporte e apoio, deverão, também, participar do fornecimento de peças e equipamentos que a indústria do petróleo e do gás e a própria construção naval precisarão para realizar seu desenvolvimento. A informação é do escritório Emerenciano, Baggio e Associados, cuja área de atendimento ao desenvolvimento de infraestrutura possui um segmento dedicado especificamente à indústria naval e já assumiu a representação de uruguaios e argentinos para formatar projetos no setor e, inclusive, captar investidores, nacionais e estrangeiros, para a construção de estaleiros e outras indústrias ligadas ao setor naval, automotivo, do petróleo e do gás. O escritório já representa o Cluster Naval de Montevidéu e a Associação Bonaerense da Indústria Naval, de Buenos Aires, e começa a elaborar projetos de estaleiros em Montevidéu e Buenos Aires.

Indústria naval II

As informações são do advogado Felipe Ferreira Silva, responsável pelo setor naval do escritório, o 6º maior do País em número de advogados (292) e funcionários (470), que já trabalham em busca de investimentos e soluções para as oportunidades industriais que serão criadas pela exploração do pré-sal, muitas das quais passam pelo Mercosul. Segundo Felipe, a exploração do pré-sal vai exigir, pelo menos, 229 navios de apoio, 49 plataformas marítimas e 28 sondas de perfuração, sem contar diferentes tipos de equipamentos e serviços, “e a indústria naval brasileira, por mais que cresça, não terá condições de atender tal demanda”. Como no Brasil faltam até áreas para novos estaleiros – um grupo britânico não achou espaço aqui e vai para o Uruguai – e novos portos, os países vizinhos serão a solução. O governo uruguaio criou o Cluster de Montevidéu, uma área de 90 hectares no porto da capital, onde será implantado um estalero. “Já há três investidores interessados”, disse Felipe, inclusive fundos árabes e asiáticos, que dispõem, pelo menos, de R$ 1 bilhão para investimento. A ABIN, de Buenos Aires, também autorizou o escritório a buscar investidores.

Indústria naval III
Está começando uma verdadeira articulação do desenvolvimento do Mercosul num setor específico, o da indústria naval. Segundo Felipe Ferreira Silva, o atual andamento é muito positivo e favorável, mas a concretização dependerá de muitos aspectos, inclusive jurídicos, pois Brasil, Uruguai e Argentina terão que formular um documento semelhante ao “acordo automotivo” que já existe entre os países para que as indústrias façam parcerias e trocas. Uma das primeiras mudanças será nas normas de “conteúdo local” que deixam aos estrangeiros só 20% de participação no produto final, passando-as para “conteúdo regional”, com aumento da percentagem de participação do Uruguai e da Argentina.
Oi
A Oi inaugurou nova franquia, desta vez em Caxias do Sul. Fica na avenida Júlio de Castilhos, 1998.
Mais vinho
Depois, dizem que a Serra gaúcha está esgotada em área territorial e mercadológica para novas vinícolas. Um novo projeto, que envolve investimento de R$ 60 milhões, está sendo implantado em Monte Belo,  a Vinícola da Serra, com o objetivo de plantar vinhedos e colher mais de 30 milhões de quilos de uva para vinho e suco. O projeto é do empresário Antonio Stringuini, presidente do Grupo Zegla, de Bento Gonçalves, em parceria com um investidor de Minas Gerais.
Valtra
A Valtra conta com o aumento da produção agrícola no Rio Grande do Sul para crescer em colheitadeiras. Marca do Grupo AGCO, a Valtra está hoje em segundo lugar no ranking de vendas internas de tratores. A AGCO está investindo R$ 25 milhões para ampliar a unidade de Santa Rosa e parte destes investimentos é para atender a expectativa de crescimento da Valtra em colheitadeiras.  Entre janeiro e dezembro de 2010, o número de colhedoras Valtra vendidas em território nacional superou em 78,5% o mesmo período de 2009. No ramo de tratores, vendeu 13.149 máquinas, ocupando o segundo lugar no ranking de vendas internas.
Hospitalidade
Para aqueles que buscam no mundo da hospitalidade sua realização profissional, a Castelli Escola Superior de Hotelaria está realizando novo processo seletivo. Provas nos dias 26/01 e 10/02. Informações e inscrições www.castelli.edu.br, castelli@castelli.edu.br ou pelo fone (54) 3282-1460.
Texel
Mais de 600 ovinos texel, a maior oferta de animais desta raça do Mercosul, estarão à venda, dias 21 e 22 de janeiro, durante o 13º Mercotexel, no Parque Augusto Pereira de Carvalho, em Santana do Livramento. Serão machos e fêmeas PO/RGB/SO/RD/CG. Com apoio da Associação Brasileira de Criadores de Texel, terá como rematador o Escritório Knorr Remates.
Cuidado!
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação está promovendo registro de preços para a compra de bicicletas de aros 20 e 26, por meio do programa Caminho da Escola. A ideia é que quem mora longe da escola vá de bicicleta. É preciso cuidado com esta história de comprar bicicleta porque um ministro da Saúde, Alceni Guerra, perdeu o cargo e foi processado quando tentou comprar bicicletas para os agentes de saúde visitarem os bairros. Depois, ele foi inocentado das acusações de corrupção e reabilitado.
O Dia
  • A FEE divulgará os números das exportações gaúchas em 2010, às 14h30min, na rua Duque de Caxias, 1691.