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Deepfake, criado com Inteligência Atificial, ameaça os bancos
Estudo alerta que técnicas de aprendizado profundo estão sendo usadas para obter acesso não autorizado a aplicativos bancários
Os casos de golpes bancários estão crescendo em uma velocidade assustadora nas últimas semanas – quase impossível não conhecer alguém que foi vítima de uma tentativa ou roubo efetivado. Aliás, o Brasil lidera o ranking latino-americano de perdas de receitas dos bancos causadas por roubo de identidade, estimadas em R$ 60 bilhões. Atualmente, 20% da receita online dos bancos na região é perdida devido a fraudes.
Uma das mais novas ameaças para burlar os investimentos consecutivos realizados pelo sistema bancário em segurança para conter as fraudes pega pesado em sofisticação. São os deepfakes, registro em vídeo, imagem ou áudio criado sinteticamente por Inteligência Artificial e que muda o rosto de uma pessoa, com qualidade ultrarrealista.
As técnicas de aprendizado profundo estão sendo usadas para obter acesso não autorizado a aplicativos bancários, alerta um estudo realizado pela iProov, player global em verificação biométrica facial e tecnologia de autenticação.
O estudo revela que humanos são ineficazes na detecção de falsificações profundas. Embora 57% dos usuários no mundo acreditem que podem detectar com sucesso um deepfake, a pesquisa mostra que apenas 24% o fazem de forma eficaz.
Os ataques de injeção digital também são altamente escaláveis, tornando-os atraentes para os fraudadores. Além disso, eles estão sendo compartilhados e testados em várias partes do mundo, seja pela própria organização criminosa ou por meio de uma ‘economia do crime como serviço’.
Para combater esse aumento de transações fraudulentas, um dos caminhos é a adoção da verificação biométrica remota exclusiva. “A autenticação biométrica facial permite que os bancos verifiquem a identidade do cliente e garantam uma presença genuína quando as transações são feitas online”, comenta o Andrew Bud, fundador e CEO da iProov.
Segundo ele, a maioria das tecnologias biométricas faciais incorpora alguma forma de prova de vida para verificar e autenticar os clientes. “Os testes de vidas usam tecnologia biométrica para determinar se o indivíduo apresentado é um ser humano real ou não, e pode detectar um deepfake se ele for reproduzido em um dispositivo e apresentada à câmera”, explica.
As tecnologias de prova de vida não são todas feitas da mesma maneira. Muitas dessas soluções não oferecem defesa ante ataques de deepfake injetados digitalmente. E uma biometria única, que garanta tanto a prova de vida quanto a de que o usuário é uma pessoa real, verificada em tempo real, é considerada aliada importante na estratégia de defesa dos bancos contra falsificações profundas.
Para Bud, a biometria exclusiva é a única maneira de detectar se um usuário é a pessoa correta (e não um impostor), uma pessoa real (e não um artefato apresentado) e que está genuinamente presente no ponto de autenticação (em vez de uma mídia sintética injetada digitalmente, por exemplo, um deepfake).
Entre os clientes da iProov está o U.S. Department of Homeland Security, o UK Home Office, o UK National Health Service (NHS), o Australian Taxation Office, GovTech Singapore, Rabobank e o ING.