GVAngels vai investir R$ 13 milhões em startups

Por Patricia Knebel

Estamos no mesmo nível dos melhores investidores, afirma Ajnsztajn
A rede de investidores-anjo formada por ex-alunos da FGV, GV Angels, pretende investir R$13 milhões em startups em 2023. O valor que representa quase o dobro do realizado no ano passado, R$ 7,6 milhões, e se aproxima da máxima histórica do grupo, atingida em 2021, durante o boom das startups, no valor de R$13,3 mi. Além disso, o GVA também foi selecionado para a lista global da CB Insights, que elenca os 50 melhores grupos de investimento-anjo, na 38ª posição.
Desde sua fundação, em abril de 2017, a rede de cerca de 350 ex-alunos da FGV, já investiu mais de R$45 milhões em 50 startups de alto potencial de crescimento e escala, no Brasil, Estados Unidos e Reino Unido.
Para o co-founder e presidente da rede de investidores, Mike Ajnsztajn, a conquista mostra que a presença do GVAngels está se consolidando cada vez mais no mercado nacional e no exterior.
“Com pouco anos de existência, estamos no mesmo nível que os maiores e melhores investidores do mundo. Isso é fruto de nosso processo e das melhores práticas que implementamos desde o início, somado a força de nosso capital”, analisa.
Para garantir uma fração dos aportes realizados em 2023, Ajnsztajn explica que a rede de investidores é agnóstica na hora de realizar seus aportes, porém, para ser selecionada, é preciso que passe por algumas etapas.
“Buscamos sempre negócios que estejam alinhados com a nossa tese de investimento e que sejam aprovados pelos Comitês de Screening e Seleção, formados pelos boards do GVA, que possuem muita vivência no ecossistema de empreendedorismo e inovação”, relata. Segundo ele, o processo é amplo e não envolve apenas aportes. “Empregamos o Smart Money, ou seja, o empreendedor tem acesso a mentorias estruturadas e acesso a networking qualificado. Visamos muito o amadurecimento e desenvolvimento do ecossistema”, reforça.
A internacionalização do GVAngels, que foi carimbada com os aportes na britânica Palqee, no valor de 77.500 libras (R$ 522 mil na cotação da época) e da canadense Boundless Life, (R$745 mil na cotação da época).
O fortalecimento da base em Nova York e a união com outros investidores da Europa, América Latina e do próprio Estados Unidos estão no planejamento para 2023, de acordo com o co-founder do grupo.
“Vamos realizar uma prática que é pouco difundida no Brasil: o Syndicate. Vamos estabelecer parcerias com os grupos de investimento-anjo desses continentes, proporcionando oportunidades para que investidores de fora do nosso país atuem em nosso mercado e vice-versa. Com essa ação, queremos fortalecer e evoluir o ecossistema brasileiro, além de alcançar a marca dos 500 associados que está em nossos planos também”, explica.