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Jason Bourne, o retorno
Claro que todos lembram de Jason Bourne, o agente secreto protagonista de cinco best-sellers de Robert Ludlum, autor norte-americano de 26 obras publicadas em 32 idiomas em 40 países. Seus romances mais conhecidos são justamente os da série sobre Bourne, herói eternizado nos cinemas por Matt Damon. A identidade Bourne; A supremacia Bourne e O ultimato Bourne são os títulos que se tornaram clássicos do gênero policial-político.
A punição de Bourne de Eric Van Lustbader, autor de vários best-sellers, é nada menos do que a continuação da saga de Jason Bourne, que pensava que nada tiraria a calma de seus dias de professor na pacata vida do campus da Universidade de Georgetown. Bourne acabou se entediando com a rotina e um assassinato misterioso, uma obscura seita de terroristas islâmicos com planos nucleares e uma conspiração para matá-lo trouxeram, definitivamente, de volta, a emoção que sempre existiu na sua vida frenética. Bourne estava usando o nome de professor David Webb e seu mentor acadêmico, o professor Specter, convidou-o para investigar a morte de um antigo aluno, assassinado por uma seita extremista islâmica. Quase ao mesmo tempo, no outro lado do planeta, Semion Icoupov, líder da organização terrorista Legião Negra, e Leonid Arkadin, um matador de aluguel, se unem para arrancar, através de tortura, preciosas informações de Pyotr, um estudante especializado em transmissão de dados através de novas tecnologias. O jovem, que tentava impedir um fulminante ataque terrorista, prefere se suicidar antes de sucumbir à pressão e revelar os segredos que descobrira.
Para complicar as coisas, a CIA passa por uma crise e sua líder Verônica Hart, ameaçada pelo alto comando do Pentágono, convida Bourne para auxiliá-la. A CIA, por sua vez, quer eliminar Jason Bourne. Recheado com cenas de ação, perseguições e mortes chocantes que remetem ao cinema de ação, o novo thriller de Eric Van Lustbader tem tudo para transformar-se em eletrizante roteiro cinematográfico de sucesso. De quebra, uma faceta surpreendente do passado de Bourne é revelada. Como se vê, Jason Bourne retornou em grande estilo, com força total e pelo visto vai continuar por aí. Editora Rocco, 560 páginas, R$ 59,00, tradução de Ana Deiró, www.rocco.com.br.
e palavras...
Para quem gosta de literatura e cinema
Cenas de uma revolução - o nascimento da nova Hollywood, do repórter britânico Mark Harris, que tem mais de 15 anos de experiência como repórter, editor de cinema, televisão e livros, foi apontado pelo consagrado escritor inglês Nick Hornby como um dos melhores livros de cinema que ele já leu. A crítica internacional considerou o livro pungente, inteligente, divertido, maravilhoso, extraordinário e revelador. Os elogios não são exagerados. A obra mereceu prêmios como New York Times Notable Book – 2008 e National Book Critics Circle Good Read. Realmente, quem gosta de literatura e de cinema vai ler com muito prazer o texto agradável que combina história social com pop e mostra um dos momentos essenciais do cinema nos Estados Unidos. Harris mergulhou de cabeça na movimentada Hollywood do final dos anos 1960, quando cinco filmes emblemáticos concorreram ao Oscar de 1967: os inesquecíveis Bonnie and Clyde; A primeira noite de um homem: Adivinha quem vem para jantar; No calor da noite e Doutor Dolittle. Harris analisa, com fluência, humor e profundidade ao mesmo tempo, os filmes de perto, os cineastas e as inovações e o relato sobre as películas se torna uma trama repleta de heróis, bandidos, intrigas e romances. Através dos estudos sobre os filmes o autor reflete sobre racismo, censura e, especialmente, sobre a revolução cultural dos anos 1960 e de como ela afetou diretamente o cinema. Em um cenário entre psicodélico e turbulento, Cenas de uma revolução mostra como atores do porte de Dustin Hoffmann, Warren Beatty e Sidney Poitier e diretores como Arthur Penn, Mike Nichols e Norman Jewison revolucionaram a forma e o conteúdo do cinema e apontaram para novos caminhos, libertando a sétima arte nos Estados Unidos do rígido Código de Produção que ditava as diretrizes morais dos filmes, entre outras coisas. Mark Harris mostra, com detalhes, o painel cultural da época e o embate entre a velha e a nova Hollywood, que redundou na revolução que levou o mercado cinematográfico norte-americano a se renovar. Depois daquelas mudanças, o cinema americano nunca mais seria o mesmo, tornando-se mais aberto, diferente e rico e apresentando melhores e mais criativas produções para os espectadores. L&PM, 488 páginas, R$ 72,00, www.lpm.com.br.
Lançamentos
- l “Doktors” Contos de Memória, do médico Claus Michael Preger, traz 32 relatos sobre médicos da Alemanha, Áustria e Hungria que vieram para o Rio Grande do Sul, especialmente entre 1914-1945. Origens, estudos, dificuldades, fotos e importância deles para a medicina gaúcha estão no volume. Libretos, 328 páginas, R$ 40,00, www.libretos.com.br.
- l A arte da guerra, de Sun Tzu; Bushido, de Daidoji Yuzan, e O livro dos cinco anéis, de Miyamoto Musashi, clássicos da estratégia oriental, estão em volume único, pela primeira vez, mostrando a estratégia filosoficamente e como pode ser usada em casa, no trabalho e no estudo, para aprimoramento. Idea Editora, 184 páginas, www.ideaeditora.com.br.
- Retrato do Brasil em Cordel, do professor norte-americano Mark Curran, é fruto de 40 anos de pesquisa e convivência do autor com poetas, editores e público de cordel. Reconta a história do cordel e é uma epopeia folclórico-popular do Brasil. Ateliê Editorial, 366 páginas, www.atelie.com.br.
- l Daimon junto à porta, do escritor e professor da Ufrgs Nelson Rego, autor de Tão grande quase-nada, tem contos sobre morte, demônios internos, medos e culpas, mas com tratamento leve e natural, mesclado com ironia, filosofia e erotismo. Os personagens lutam contra seus próprios daimones. Dublinense, 128 páginas, www.dublinense.com.br.
e versos
Cada um cumpre o destino que lhe cumpre
“Cada um cumpre o destino que lhe cumpre,
E deseja o destino que deseja;
Nem cumpre o que deseja,
Nem deseja o que cumpre.
Como as pedras na orla dos canteiros
O Fado nos dispõe, e ali ficamos;
Que a Sorte nos fez postos
Onde houvemos de sê-lo.
Não tenhamos melhor conhecimento
Do que nos coube que de que nos coube.
Cumpramos o que somos.
Nada mais nos é dado."
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Odes / Ricardo Reis – Fernando Pessoa em Citações e Pensamentos -
Fernando Pessoa, Leya, www.leya.com