UniRitter documenta com fotografias obras de revitalização do Cais Mauá
A UniRitter, integrante da rede Laureate International Universities, por meio de um convênio exclusivo com Cais Mauá do Brasil, está realizando um trabalho inédito de documentação fotográfica de todos os passos do projeto de revitalização e obras do Cais Mauá, de Porto Alegre, datado da década de 1920. Com as obras, 11 armazéns, tombados pelo patrimônio histórico e localizados às margens do lago Guaíba, serão integrados à vida dos porto-alegrenses.
A partir do acordo, assinado em janeiro deste ano, universitários da UniRitter, dos cursos de Arquitetura, Design, Jornalismo e Publicidade e Propaganda, bem como mestrandos dos cursos, estão catalogando informações que resgatam parte da história da Capital.
De acordo com o professor José Lourenço Degani, coordenador do Projeto de Documentação Fotográfica da obra do Cais Mauá, os estudantes, sob supervisão, têm acesso ao local, uma vez por semana, para registrar os detalhes da restauração. Ele explica que a coleta de dados irá gerar um amplo conteúdo para análise e estudo acadêmico em diferentes áreas.
O projeto prevê a revitalização do prédio da Secretaria de Portos e Hidrovias para abrigar um hotel conceito, a construção de um shopping, torres comerciais e um centro de eventos no antigo prédio do frigorífico.
Degani informa que a ideia do registro surgiu da sugestão do fotógrafo italiano Mariano Dallago, professor da Nuova Accademia de Belle Arti de Milano, Universidade de Belas Artes de Milão (Itália) – instituição de ensino superior, também integrante da rede Laureate International Universities – que veio a Porto Alegre para ministrar, pela segunda vez, cursos na UniRitter.
Quando Dallago conheceu o Cais Mauá, gostou da iniciativa de restauração, porém, ficou muito admirado em saber que haveria uma grande mudança e que ninguém estava preocupado em fazer um registro histórico. Degani diz que a partir do momento que Dallago lançou a ideia, a UniRitter tomou a iniciativa em propor o projeto a Cais Mauá do Brasil.
O professor lembra que, em outubro de 2013, Dallago, com os seus alunos, fez um levantamento fotográfico de tudo que existia no Cais Mauá e o resultado gerou uma exposição na universidade. “Foi a partir da oficina de fotografia, que começou a surgir a ideia de fazer o acompanhamento das obras.
Nas quintas-feiras, professores e alunos vão até o local para registrar o trabalho, que teve o seu início pela demolição de edificações que não continham elementos históricos e, deste modo, fugiam ao padrão arquitetônico original. Uma estudante do mestrado está traçando um paralelo entre o projeto Cais Mauá e Puerto Madero, em Buenos Aires, Argentina.
Entre as preocupações do projeto, está a necessidade de gerar nos alunos o sentimento de valorização e de relevância sobre a preservação histórica. A conclusão da revitalização dos armazéns, que iniciou em novembro de 2013, está prevista para ocorrer ao longo de 2015. A segunda fase do projeto contempla a construção de um shopping, ao lado da Usina do Gasômetro, três torres comerciais, dois hotéis e um centro de entretenimento.
Mônica Koch, aluna do terceiro semestre do curso de Design, diz que é importante participar do projeto, lembra que em paralelo às fotografias são feitas pesquisas sobre a arquitetura e a cultura relacionada à época da construção dos prédios. A estudante de Design Carolina Heinen, terceiro semestre, diz que é importante participar do trabalho acadêmico e também de poder, como gaúcha, acompanhar o processo de revitalização.