Mundial

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É claro o favoritismo do descansado Santos sobre o Kashiwa Reysol, mas o Mazembe existiu e deve servir de permanente lição a qualquer time brasileiro que chegar ao Japão. Só se fala em jogar contra o Barcelona e isso – mais a velocidade e a disposição dos japoneses em campo – aumenta o perigo. A propósito, depois do que vi na noite de sábado – o poderoso Real Madrid das 15 vitórias seguidas, amordaçado em seu estádio, sem achar soluções para conter o Barça –, o título parece uma possibilidade distante para o Santos. Vai requerer superação.
Avassalador
O Inter está prestes a formar um ataque irresistível. A rapidez de Dagoberto, as finalizações de Damião do jeito que a bola vier, o municiamento constante e a chegada na frente de D’Alessandro e Oscar ameaçam destroçar qualquer sistema defensivo. O diabo é que a venda de Juan pode não ser suficiente para segurar as finanças do clube e aí a bola da vez seria Damião. Tomara que a direção consiga resistir a propostas e antecipar a vinda de Dagoberto, para que possamos ver esse quarteto em ação pelo menos durante a Libertadores.
Grêmio grande
Agora sim Paulo Odone age de acordo com a grandeza do clube que preside: “O Grêmio não vende, compra”, assegurou, ao comentar propostas por Mário Fernandes. Historicamente, a dupla gaúcha desabava em campo enquanto construía seus estádios – claro, o dinheiro ficava ainda mais curto. Um ano de 2012 com os reforços necessários (além de Kléber) desembarcando no Olímpico e a Arena crescendo em bom ritmo seria o sonho dos gremistas.
Obrigado
Apenas dois leitores lembraram, mas já foi um estimulante reconhecimento ao colunista: dia 5 de outubro, após assistir no domingo anterior a um 2 a 2 do Corinthians contra o então líder Vasco, cravei nesta coluna uma nota com o título “Pinta de campeão”. Restavam ainda 11 rodadas desse disputadíssimo Brasileirão e o colunista apostava na superioridade do Timão, que sufocara os vascaínos em São Januário, mesmo desfalcado de Liedson, Emerson Sheik e Adriano. Naquela fase, os menos informados só falavam no próprio Vasco, em Flamengo, Fluminense, Inter e no Botafogo, que tinha um jogo a menos. Quem analisa com frieza, conhecimento e sem olhares bairristas tem mais chance de acertar. Acertei.
Gafe
Apostei que não seria ele o vencedor, acho que apitou abaixo do seu potencial e mesmo assim Leandro Vuaden acabou eleito o melhor árbitro do Brasileirão de 2011. Embora esteja vivendo uma compreensível fase de deslumbramento, nada justifica a frase infeliz do deputado Marco Maia no palco da premiação patrocinada pela CBF. Achei bacana ele escrever, do gabinete da presidência, a seus ex-colegas metalúrgicos de Canoas, mas foi despropositado usar antolhos de torcedor e criticar injustamente seu conterrâneo em uma festa – apesar de toda a desorganização nela reinante.