{{channel}}
Os bondes de Porto Alegre
Os bondes de Porto Alegre pararam de circular em 1972, mas a maioria das linhas foi desativada bem antes. Este exemplar fica na frente da Carris, na rua Albion, e deverá ser exposto em um lugar público. É da última geração, porque têm portas a guarnecer as quatro entradas. Por incrível que pareça, quando elas eram abertas, a maioria pagava a passagem. Quando superlotava, o que era comum, quem viajava pendurado nas entradas era chamado de pingente. De vez em quando um poste acertava uma cabeça.
Continue sua leitura, escolha seu plano agora!
Já é assinante? Faça login
Precisão na contabilidade
Um vereador com milhares de sóis na cacunda da atividade parlamentar de Porto Alegre tentou a sorte mais uma vez em pleito dos anos 1990. Ciente que não era fácil a reeleição, disparou até cartas manuscritas a amigos do Interior, mas com título na Capital. Ao longo dos anos, sempre passou xispando no vestibular da urna, mas desta vez não deu. E não deu mesmo, tipo ficar na oitava suplência. Ficou ligeiramente desenxabido. Macambúzio, até.
Passado algum tempo, reencontrou um amigo que morava em cidade do Litoral há décadas, desses que se aposenta e não quer mais nem ouvir falar da cidade grande, e nem jornal lê mais. Amigo a quem ele escreveu uma carta pedindo voto. Sem saber do desastre eleitoral do chapa, tão logo o demorado abraço foi desfeito, foi aos finalmentes.
- Como é, conseguiste te reeleger?
Encabulado, tartamudeou algumas palavras não muito audíveis, mas que significavam "não", em suma. O fiel eleitor, homem de rígidos princípios morais e do tempo do fio do bigode, botou uma mão em concha no ouvido.
- Como é que é? Não entendi.
Desta vez o "não" veio alto e claro como leiloeiro dizendo "dou-lhe três!".
- Quantos votos?
- Bom, né, foram... 500 e lá vai pedrada. Mas foram votos honestos.
- Quantos, exatamente?
- Três.
Ao ouvir a infausta contabilidade, o litorâneo baixou a cabeça em forma de desolação. Os olhos ficaram ligeiramente úmidos, mas os leves traços de futuras lágrimas se evaporaram antes de dizer a que vieram. Levantou a cabeça, botou as mãos nos ombros do candidato, e o que saiu não foram palavras de consolo e solidariedade.
- Então tu me faz viajar de Cidreira para votar aqui e só fazes 500 votos? Mas é o fim da picada!
- Peraí, foram 503, vamos se respeitar!
Liberdade espremida
De acordo com a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), 593,5 mil veículos passaram pelas 10 praças de pedágio entre a sexta-feira de Carnaval (9) e a Quarta-Feira de Cinzas (14). Em comparação com o Carnaval de 2023, foram 28 mil a mais. Mais ou menos o número de veranistas de Tramandaí. Haja milho verde!
Saidinha extra
Outro duro golpe no governo foi a fuga de presos da penitenciária de segurança máxima de Mossoró (RN). Entrementes, celulares em celas dão um desafio que nunca será vencido. Ouvimos há décadas que os sinais serão bloqueados. E a falha mais gritante é de alguns que deveriam zelar pela segurança nas casas prisionais entregam o ouro para os bandidos.
Não é bem assim
Quando Lula assumiu a presidência da República, asseverou que o desmatamento da Amazônia teria fim. Agora, vê que, na prática, a teoria é outra. A ONU emitiu alerta dizendo que a continuar assim, a Amazônia terá ponto de não retorno em 2050.
Cassino no pincel
Gramado e Canela já se mexem visando atrair turistas para a Páscoa. Mas vão longe os tempos em que a dupla Marta Rossi e Silvia Zorzanello (já falecida) agitava a Serra das Hortênsias com a Chocofest e eventos temáticos nas ruínas do que deveria ser o cassino de Canela, quase pronto até que o então presidente Eurico Gaspar Dutra (1946-1951) tirou a escada dos investidores.
Turismo
Dia 22, o Parque de Eventos Broenstrup, em Santa Clara do Sul, será palco do evento "Business Network For Agents Travel". Com início marcado para às 13h30min, o encontro é direcionado a profissionais e entusiastas do setor turístico dos Vales do Taquari e Rio Pardo.
Aquele abraço
Aos nativos e moradores permanentes de Imbé e ao prefeito Luis Henrique Vedovato. Foi colonizada a partir da povoação da margem do Rio Tramandaí por pescadores por volta do século XVII. O nome é de origem indígena e significa trepadeira. É o nome de uma planta abundante na região antes do loteamento, também conhecida como cipó-imbé, banana de imbé ou também costela-de-adão.