Turismo migratório

Começou a temporada das baleias francas no Litoral Sul de Santa Catarina, especialmente na região da Praia do Rosa. É tempo também dos golfinhos . O movimento migratório começa em abril, com os Pirú-Pirú (aves), que sinalizam o início do inverno na Antártida; depois as tainhas, os pinguins (em junho) e as baleias em julho. Os turistas contam com um pacote que inclui o whale eatching, no www.vidasolemar.com.br. Os catarinenses souberam aproveitar estes ciclos para incrementar o turismo no estado.

Sob o título “Heróis brasileiros na Antártica”, o deputado federal gaúcho Luiz Noé (PSB), em visita à base brasileira no continente, envia material contando da dureza que é a vida no gelo. “É um mundo inóspito e muito distante de nossa realidade”, afirmou o deputado. “Conhecer essa realidade para mim está sendo um crescimento pessoal e espiritual”.

Com todo o respeito, o deputado parece estar falando do Rio Grande do Sul. Há quase duas semanas estamos vivendo um frio antártico que congela tudo e todos. Só na parte em que ele fala de que esta realidade “esta sendo um crescimento pessoal e espiritual” há uma ligeira discordância no tocante ao crescimento. Estamos é encolhendo de tanto frio.

O jornal argentino La Nación publicou na edição de ontem sobre os problemas enfrentados pela presidente Dilma Rouysseff que vieram no espólio legado pelo ex-presidente Lula, falando em “herança maldita”. Maldita ou não, é assombrosa a quantidade e o tamanho dos pepinos que brotaram na horta presidencial. Quanto tempo e quantos ocupantes dos altos escalões serão precisos para que Dilma faça uma reforma ministerial de verdade?

Em ato público realizado em São Paulo, a ex-senadora e ex-ministra Marina Silva anunciou sua saída do Partido Verde. Deputados como Fernando Gabeira e Alfredo Sirkis criticaram os rumos da sigla e defenderam a criação de um novo partido. Tem uma ironia aí. Nunca a defesa do verde esteve tão valorizada e nunca o Partido Verde esteve tão desvalorizado. É só botar “partido” na frente que a maionese desanda.

Um nome tem passado incólume em todas as crises envolvendo o bilionário Ministério dos Transportes e afins. É o gaúcho Hideraldo Caron, diretor de infraestrutura do Dnit há muitos anos. Talvez ainda seja, mas primeiro Dilma tem que lidar com as pressões da faminta rapaziada do PR. Pela lógica, Hideraldo deveria ser o novo ministro, mas quem disse que o Brasil é um país lógico? 

...uma expressão usada constantemente por Leonel Brizola está até mais viva do que no tempo dele. É o famoso interésse, que recheava suas perorações de campanha ou em entrevistas. 

Com o tema “Inovação”, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, Senar-RS, lançou o relatório de atividades 2010 com os resultados das ações de profissionalização e de melhoria da qualidade de vida promovidas às famílias rurais gaúchas. O balanço das atividades da instituição é altamente positivo: beneficiou gratuitamente mais de 500 mil pessoas, para ficar num só destaque.

Sempre se diz que Deus está nos detalhes. O corre que o diabo teve a mesma idéia. Pequenas imperfeições em acabamentos viários e em obras de arte dão grandes dores de cabeça. Entre o trevo de acesso ao aeroporto e o Viaduto Leonel Brizola, a barragem de terra (e grama) impede que a água alcance o canal de drenagem junto ao muro do Trensurb. Todo dia de chuva é uma lambança só.

No imaginário popular, robô serve para chutar bola, imitar seres humanos com poses engraçadas, cozinhar e até cantar o Luar do Sertão, quem sabe. Mas na vida real o papo é outro. O primeiro robô paletizador totalmente fabricado no Brasil foi apresentado pela Indumak, de Jaraguá do Sul, especializada em processos de acondicionamento. Leva uma enorme vantagem sobre os similares estrangeiros: este robô é financiável (BNDES), os colegas não.

A propósito da nota sobre a frieza com que os bancos tratam seus clientes novos e antigos, leitor aduz um comentário dizendo que a demanda por crédito é de tal ordem e é tão farto que os bancos, privados ou estatais, podem se dar ao luxo de ignorar um toque mais humano na relação. “Não há necessidade de gentilezas ou tratamento diferenciado”, diz. Mas a bem da verdade, muitas instituições fazem força neste sentido.