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Práticas sustentáveis estão no foco das transportadoras
Segundo estudo, pessoas têm procurado cada vez mais consumir produtos de empresas que adotam hábitos ambientais
Algumas empresas de diferentes segmentos têm adotado tecnologias sustentáveis no país, implementando atividades e ações alinhadas ao meio ambiente, prezando também pela sociedade e pela economia sustentável.
Essas ações se relacionam aos mais de quinze Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). A sustentabilidade é um dos pilares que contribuem para uma melhor experiência do colaborador, ajudando a garantir a retenção de funcionários.
Em pesquisa realizada em 2022 pela Opinion Box, 67% dos consumidores disseram pesquisar as práticas de ESG - sigla em inglês para questões de governança ambiental, social e corporativa - das empresas antes de realizarem compras. Em outro estudo da A Society for Human Resource Management (SHRM), é apontado que 38% dos funcionários são mais propensos a serem leais a uma empresa que prioriza o desenvolvimento sustentável.
A sustentabilidade empresarial auxilia na redução de custos de produção, uma vez que os colaboradores passam a pensar de forma a não gastar tantos recursos.
Dessa forma, enfrentarão o desperdício de recursos naturais. Se tratando deste tema, as transportadoras obtêm de diversas frentes de atuação que podem gerar resultados sustentáveis.
Na cadeia de suprimentos, a pauta tem despertado cada vez mais a atenção das transportadoras. Para a Ghelere Transportes, por exemplo, o foco foram os veículos. Testes de fuligem fazem parte da rotina da empresa desde 2015, sendo uma manutenção preventiva obrigatória.
Hidrogênio verde pode posicionar Brasil como potência energética nos próximos anos
"A idade da pedra não acabou por falta de pedra. A idade do petróleo irá acabar muito antes que o mundo fique sem petróleo". Foi com essa frase impactante - de autoria do Sheik Ahmed Zaki Yamani, ministro do Petróleo da Arábia Saudita entre 1962 e 1986 -, que o gerente de Engenharia de Processos da Reunion Engenharia, Murilo Borges, iniciou sua apresentação "Hidrogênio Verde - Perspectivas e Possibilidades", durante o Seminário STAB Industrial na 29ª Fenasucro & Agrocana, em Sertãozinho/SP, na semana passada. "Uma coisa não precisa acabar para começarmos a desenvolver outra. Se o mercado está pedindo soluções sustentáveis, é para lá que nós vamos", indicou.
O tema tem ganhado cada vez mais destaque no Brasil, especialmente nos últimos dois anos. No início deste mês, inclusive, o governo do Estado de São Paulo reforçou seu compromisso de estar na vanguarda da transição energética e do desenvolvimento de novas tecnologias de energia verde com o lançamento da primeira estação de abastecimento de hidrogênio renovável a partir do etanol do mundo. A iniciativa é uma parceria da USP com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e empresas privadas do segmento. "Nesse processo de descarbonização que estamos passando, o hidrogênio verde se apresenta como uma alternativa energética bastante viável", pontuou Murilo.
Um estudo realizado em 2020, projetando quanto seria o custo de produção de hidrogênio em 2030, colocou o país no topo do ranking com o menor custo. Borges explicou que existem diferentes formas de produzir o hidrogênio. Uma delas é pela eletrólise da água. Mas, para isso, é preciso muita água e eletricidade.
No setor sucroenergético, as principais formas de produção de hidrogênio verde são pela reforma do metano, biometano, do etanol e do bagaço da cana-de-açúcar. A versatilidade se faz presente, ainda, na aplicação desse vetor energético. Majoritariamente empregado nas próprias usinas, atualmente, o hidrogênio verde tem um enorme potencial de mercado a ser desenvolvido, como no ramo automotivo, por exemplo.