Conselho Nacional de Biossegurança tem prazo para decidir sobre trigo transgênico

O presidente da CTNBio, Paulo Barroso, lembra que a farinha de trigo transgênico já está liberada para consumo no Brasil desde 2021

Por JC

(FILES) This file photograph taken on June 14, 2022, shows wheat grain ears on a field near Izmail, in the Odessa region, amid the Russian invasion of Ukraine. - Russia said on November 2, 2022, that it is resuming participation in Ukraine grain deal. (Photo by Oleksandr GIMANOV / AFP)
Aprovado no dia 1º de março pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), o plantio de trigo transgênico no Brasil passa agora pelo Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS),  que tem até o dia 5 de abril para decidir sobre o tema.
O presidente da CTNBio, Paulo Barroso, lembra que a farinha de trigo transgênico já está liberada para consumo no Brasil desde 2021. Esse trigo poderia ser produzido na Argentina ou em qualquer outro país e trazido para o Brasil. "O que a gente fez foi uma liberação para plantio no país". Barroso explicou que a principal característica desse trigo está associada à tolerância à seca, que é um problema grave, decorrente do aquecimento global e das mudanças climáticas. "Então, se houver seca, esse trigo pode contribuir não só para os produtores do Sul, mas para produtores de outros estados brasileiros".
O dirigente esclareceu que a CTNBio não faz avaliação das características do trigo, se ele é bom nesse sentido agrícola. "O que a gente faz é uma avaliação da segurança dele em relação ao meio ambiente, à saúde humana e à saúde animal". Segundo Barroso, foi feita uma avaliação detalhada quanto à farinha, bem como a possibilidade de produção no país. "E não há nada em relação a esse trigo transgênico que permita acreditar que ele é diferente do trigo convencional. Sob o ponto de vista ambiental e da saúde humana e animal, a gente considerou que ele é similar ao trigo convencional".