Defesa da ditadura e ataques ao STF são 'liberdade de expressão', diz Mourão

Em Brasília, o ato a favor do presidente ocorreu na Esplanada dos Ministérios, mas com público reduzido

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Vice-presidente apontou que a maioria da população não deseja intervenções
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos), afirmou nesta segunda-feira (2) que pedidos de volta da ditadura militar e ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), que foram registrados nas manifestações pró-governo neste domingo (1), são "liberdade de expressão". Apesar dos pedidos, o militar disse que a "imensa maioria" dos brasileiros não apoia essas causas.
"Isso é liberdade de expressão. Tem gente que quer isso, mas a imensa maioria do povo não quer. Normal", afirmou o vice-presidente a jornalistas.
O Brasil viveu os momentos mais duros da sua história recente na época da ditadura militar, que durou 21 anos, entre 1964 e 1985. O período foi marcado por torturas e ausência de direitos humanos, censura e ataque à imprensa, baixa representação política e sindical, precarização do trabalho, além de uma saúde pública fragilizada, corrupção e falta de transparência.
Em Brasília, o ato a favor do presidente ocorreu na Esplanada dos Ministérios, mas com público reduzido. A assessoria da Polícia Militar do DF disse que não tinha estimativa de público. As pessoas que começaram a chegar ao local por volta das 9h. Já Secretaria de Segurança Pública de Brasília afirmou que não faz contagens como esta.
Os manifestantes ocupavam o espaço equivalente a uma quadra na grama da Esplanada, mais próximo ao Congresso, na chamada Praça das Bandeiras. O presidente fez uma passagem relâmpago pelo ato de cerca de 5 minutos, mas não discursou, só falando em uma live nas redes sociais na qual agradeceu o público.
Folhapress