Poderes querem antecipar vacinação de professores

Governador enviou um ofício ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello

Por Marcus Meneghetti

Ato de Reforço do Pleito da Antecipação da Vacina aos Professores. Em primeiro plano na foto, governador Eduardo Leite (PSDB) e presidente da Assembleia Legislativa, Gabriel Souza (MDB).
Entre as dezenas de participantes do ato que pedia a antecipação da imunização dos profissionais da educação contra a Covid-19, realizado ontem de maneira presencial e virtual, estavam o governador Eduardo Leite (PSDB); o presidente da Assembleia Legislativa, Gabriel Souza (MDB); e a presidente do Cpers Sindicato, Helenir Schurer (que participou virtualmente). No evento, o governador assinou um ofício, que será enviado ao ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello. O texto pede que os professores e outros trabalhadores das escolas sejam vacinados antes da data prevista no Plano Nacional de Imunizações.
Embora os trabalhadores da educação já figurem no grupo prioritário para a imunização, não há previsão de quando o governo federal disponibilizará doses suficientes para vacinar todos os professores. Se o cronograma apresentado pelo Ministério da Saúde for cumprido, a categoria deve começar a ser vacinada em maio.
O documento enviado a Pazuello argumenta que a postergação do retorno presencial das aulas representa o aumento do abandono e da evasão escolar, o crescimento do índice de distorção idade-série e perdas pedagógicas, entre outras consequências.
"Essa é mais do que uma preocupação com os professores, é com a educação em si. É importante que tenhamos os profissionais da área da educação imunizados para dar a eles a tranquilidade que permita o retorno às aulas com serenidade. Precisamos avançar para criar essa consciência perante o governo federal", disse Leite.
Leite explicou que, sem a concordância do governo federal, o Estado não pode decidir, sozinho, priorizar os professores em detrimento de outros profissionais ou pessoas do grupo prioritário. A ordem de vacinação obedece aos critérios do Ministério da Saúde.
O presidente da Assembleia Legislativa, Gabriel Souza (MDB), compareceu presencialmente ao ato, acompanhado de outros deputados estaduais. Os parlamentares cancelaram a sessão plenária prevista para esta terça-feira, para acompanharem o evento em prol da vacinação dos professores.
"Devemos valorizar um ato como este, que faz o Rio Grande do Sul, através dos seus poderes de Estado, oficializar para a União que queremos colocar como prioridade no Plano Nacional de Imunizações os trabalhadores da educação - seja do âmbito estadual, municipal ou da rede privada."

MDB assume comando da CCJ e Comissão de Educação

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa deram posse ontem aos novos presidentes que devem conduzir os trabalhos neste ano. Os dois colegiados serão comandados por emedebistas: a deputado Tiago Simon é o novo presidente da CCJ; Carlos Búrigo, o da Comissão de Educação.
A bancada do MDB também ficou com as vagas de vice-presidente das comissões. A vice-presidência da CCJ está a cargo do líder da bancada emedebista, Vilmar Zanchin. Tanto Tiago Simon quanto Zanchin foram eleitos pelos membros da comissão na manhã desta terça-feira, durante reunião virtual. Tiago já presidiu a comissão em 2017.

Novo pede suspensão de prazo do ICMS na bandeira preta

A bancada do Novo solicitou ontem ao governo do Estado a flexibilização do prazo de pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para as empresas gaúchas sujeitas às restrições da bandeira preta. Em documento encaminhado ao governador Eduardo Leite (PSDB), os deputados do Novo pediram o diferimento do ICMS para os negócios que estão submetidos às limitações mais rigorosas. O diferimento é quando o governo deixa de cobrar os impostos em um determinado período para recolher posteriormente.
De acordo com o líder da bancada, Giuseppe Riesgo, "esta medida é necessária para que mantenhamos a economia gaúcha, minimamente, funcionando", avalia o líder da bancada do Novo.
Riesgo também destaca que o governo possui margem para promover a flexibilização no pagamento do ICMS, tendo em vista que as contas públicas apresentam relativa estabilidade.